O documentário “A Vítima Invisível: O Caso Eliza Samudio”, que estreou nesta quinta-feira (26) na Netflix, detalhou os últimos momentos da vida da jovem, assassinada aos 25 anos, em 2010. A produção exibiu inéditas conversas com Eliza sobre o crime, a mando do pai do filho, o ex-goleiro Bruno.
Dirigida por Juliana Antunes, a produção aborda a perspectiva da vítima ao mesmo tempo em que detalha um dos assassinatos mais chocantes do país. Além disso, exibe uma série de relatos de amigos e familiares, além de mensagens e vídeos de Eliza pedindo ajuda na hora de expor as ameaças que sofreu do ex-atleta.
Como mostra o trailer, Bruno teria ficado furioso depois que a jovem descobriu que ele estava noivo e anunciou à imprensa a própria gravidez. Em uma das conversas publicadas, Samudio disse a uma amiga que queria “paz” e apenas concluir os estudos após o nascimento do filho.
“Vou fazer suplementos remotamente. Eu nunca vou incomodá-lo, você sabe. Só quero paz para cuidar do meu filho e estudar… Para viver minha vida sem medo. Quero terminar meus estudos logo para poder ir para a faculdade. Espero que até lá eu tenha resolvido as coisas com o pai do meu filho. Depende da Justiça“, declarou ela, naquele momento.
Segundo o documentário, Eliza ouviu de Bruno o desejo de resolver toda a situação. Após uma gravidez conturbada, a jovem deu à luz Bruninho e foi atraída pelo ex-atleta para sua residência com promessa de apartamento e pensão alimentícia. “Ele disse que quer tentar fazer algo diferente, que temos que viver em harmonia pelo nosso filho“, disse Eliza, horas antes de sua morte, sem suspeitar do que a esperava.
Samudio foi dado como desaparecido, mesmo após alertar as autoridades e não conseguir obter medida protetiva contra o ex-goleiro, até então considerado ídolo do Flamengo. A produção também narra toda a investigação, que resultou na condenação de oito pessoas, incluindo Bruno, e revelou o assassinato da paranaense. Assista ao trailer:
Eliza Samudio desapareceu em 2010 e seu corpo nunca foi encontrado. Ela tinha 25 anos e era mãe do filho recém-nascido do ex-goleiro Bruno. O ex-jogador, então titular do Flamengo, recusou-se por muito tempo a reconhecer a paternidade de Bruninho, mas no dia 12 de julho de 2012, após decisão da Justiça carioca, tornou-se oficialmente pai do jovem.
Bruno Fernandes foi condenado, em 2013, a 22 anos e três meses de prisão por homicídio, ocultação de cadáver, rapto e cárcere privado de Eliza Samudio. Ele estava em regime semiaberto desde 2019. Em janeiro de 2023, Bruno obteve liberdade condicional na Justiça do Rio.
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