A Assibge (Associação dos Trabalhadores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou nota nesta quarta-feira (25.09.2024) questionando o posicionamento da direção do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em relação às críticas feitas pelo sindicato. Segundo a associação, o comunicado divulgado pela gestão de Marcio Pochmann, presidente da entidade, tem “imprecisões e omissões”.
“Numa atitude leviana e desrespeitosa ao sindicato e ao grupo de servidores do IBGE, o comunicado também tentou plantar na imprensa a versão de que a indignação da categoria em relação à criação de uma fundação privada nos bastidores seria apenas um reflexo da polêmica em torno do teletrabalho, como se os IBGEs não tivessem o compromisso de defender a instituição”, afirmou o sindicato.
O IBGE enfrenta críticas de funcionários por falta de diálogo e questionamentos sobre decisões administrativas. Entre as mudanças criticadas está também a criação do IBGE+, fundação de apoio ao direito privado. Segundo o sindicato, não houve discussão interna sobre o tema e o acesso ao status só ocorreu após sua reivindicação. “O que acontece é que as mudanças estratégicas que estão a ser implementadas, como a criação da fundação de direito privado, nunca foram apresentadas por Pochmann nas referidas reuniões.”, declarou Assibge.
Assibge marcou um protesto para esta quinta-feira (26 de setembro). A principal reivindicação é sobre o regime de trabalho. No final de agosto, o IBGE publicou portaria que define o fim do teletrabalho integral e o retorno ao trabalho presencial pelo menos 2 dias por semana a partir de 15 de outubro.
Segundo a gestão Pochmann, o retorno ao presencial é importante para integrar os quase 1.000 novos funcionários previstos pelo CNU (Concurso Nacional Unificado). O sindicato afirma que a mudança não foi discutida com a turma. “No caso do teletrabalho, o tema foi discutido na reunião de maio, e o presidente se comprometeu a não implementar novas alterações sem consultar o sindicato. Foi o oposto do que aconteceu”, continuou o sindicato.
Indicado pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Marcio Pochmann foi nomeado presidente do IBGE em 18 de agosto de 2023. O sindicato citou que seus associados já se reuniram com ele 4 vezes desde então. Segundo a associação de funcionários do IBGE, Pochmann “anunciou que tinha horário disponível para receber o sindicato“, mas “apresentou veto para debater os temas solicitados” por Assibge.
Em nota publicada nesta terça-feira (24/09), a entidade disse que as acusações de autoritarismo são “infundado”.
FALE COM O SINDICATO
Mais tarde, na quarta-feira (25/09), Assibge publicou nova nota dizendo que Pochmann concordou em ter nova conversa com o sindicato, sem vetar nenhum tema. Mesmo assim, a associação informou que manterá o protesto nesta quinta-feira (26 de setembro).
“Assibge entende que a mudança de postura da presidência é resultado da mobilização da casa. Porém, dado que a direção do IBGE continua rejeitando o apelo para suspensão das medidas em curso, a Assibge considera que o evento de quinta-feira, dia 26, continua necessário e reforça o apelo para que todos os IBGEanos do Rio de Janeiro compareçam”, declarou.
O Poder360 Ele entrou em contato com o IBGE por e-mail para perguntar se gostaria de comentar as recentes notas de Assibge. Não houve resposta até a publicação deste relatório. O texto será atualizado caso comunicado seja enviado a este jornal digital.
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