O artigo publicado anteriormente continha imprecisões. No terceiro parágrafo, o certo é que o ministro Fernando Haddad destacou que não faz sentido construir um déficit primário de 2% do PIB se esses estímulos fiscais resultaram em crescimento de apenas 1,5% da economia e não como foi dito. O texto e o título corrigidos são os seguintes:
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quarta-feira, 25, que o crescimento econômico será aliado ao ajuste fiscal, já que seria muito mais difícil rever os benefícios sociais num ambiente de desaceleração da atividade.
“O crescimento será um fator favorável para esse fechamento da cunha, se houvesse retração, perda de impulso econômico, esse esforço social seria muito maior. Se eu conseguir fechar gradativamente essa cunha com crescimento sustentável, esse crescimento será combinado com o ajuste fiscal que tem que ser feito”, disse o ministro durante a conferência do Safra.
Salientou que não faria sentido construir um défice primário de 2% do PIB se este esforço fiscal resultasse num crescimento de apenas 1,5% da economia. “Impulso fiscal para crescer 1,5%?”, questionou Haddad, reafirmando que a solução do governo foi um ajuste fiscal não recessivo, com foco na reversão de parte dos gastos tributários.
Ao reafirmar o seu compromisso com as regras fiscais, o ministro sublinhou que as receitas vão subir este ano 8,5%, talvez mais de 9%, enquanto as despesas são travadas pelo tecto de gastos do quadro, que permite um aumento máximo de 2,5% acima da inflação. “Cumpriremos a regra.”
Haddad disse que não gosta de pensar em ortodoxia ou heterodoxia na política econômica, porque essas expressões podem ser enganosas. Ele prefere observar os princípios econômicos. Recordando uma exigência de um economista, que poderia ser classificado como heterodoxo, por impulso fiscal, o ministro disse que isso resultaria num ambiente de pleno emprego. “Certas coisas não fazem sentido”, destacou, acrescentando que o Brasil tem a oportunidade de reduzir o impulso fiscal.
Durante sua participação na conferência do Safra, Haddad destacou que está sendo feita uma revisão dos benefícios que não apresentam retorno no bem-estar social. O Congresso conservador, conforme alterado, entende a necessidade de revisão de alguns benefícios.
Repetiu ainda que o papel do Ministério das Finanças não é apenas técnico, mas também de construir uma solução política para as suas propostas. Segundo ele, o departamento tem obtido sucesso tanto internamente no governo quanto no Congresso. “Nem tudo na economia se faz com boa técnica, também se faz pela política”, afirmou.
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