Líderes industriais que integram o grupo Coalizão Industrial manifestaram preocupação nesta quarta-feira, 25, com os avanços na negociação de um acordo de livre comércio entre Mercosul e China. Segundo os presidentes de entidades representativas de diversos setores industriais, o setor já enfrenta uma “invasão chinesa” que coloca em risco investimentos planejados de cerca de R$ 825,8 bilhões. Portanto, um acordo com a China seria um desastre, como define Fernando Valente Pimentel, presidente da Abit, associação da indústria têxtil.
O Uruguai, que assumiu a presidência pro tempore do Mercosul em julho, está entusiasmado com um acordo de livre comércio com os chineses. Altos representantes do bloco sul-americano e da China retomaram recentemente as negociações com o objetivo de aprofundar o relacionamento.
Presidente da Abiplast, entidade que representa a indústria de produtos plásticos, José Ricardo Roriz Coelho observou em conferência de imprensa que, face às barreiras enfrentadas noutras grandes economias, os produtos chineses procuram mercados abertos para entrar – entre eles, o Brasil. Segundo Roriz, embora a capacidade da economia esteja ocupada, “ninguém está investindo”.
“As indústrias têm medo de investir. Precisamos investir mais, mas com essa espada no peito não temos perspectiva futura melhor para que esses investimentos aumentem”, declarou Roriz.
Marco Polo de Mello Lopes, coordenador da Coalizão Indústria, classificou as importações da China em determinados mercados como “predatórias”. O “ataque chinês”, como foi descrito o avanço dos produtos do gigante asiático, resulta de uma política de Estado que tem como objectivo escoar uma gigantesca capacidade ociosa, com reduções de preços e exportações feitas com margens negativas, comentou Marco Polo. Ele também é presidente do Instituto Brasil.
“Sem acordo já vivemos esse tsunami, com o acordo vocês podem imaginar o que pode acontecer”, declarou o coordenador do grupo industrial ao abordar os movimentos entre Mercosul e China. Ele projetou que R$ 500 bilhões em investimentos – ou seja, 60% do total previsto – serão interrompidos se o “tsunami chinês” não for contido.
Também presente na coletiva de imprensa da coalizão, o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, argumentou que não é hora de falar em acordo comercial com a China, pois a indústria automotiva passa por uma transição tecnológica, para a qual estão sendo anunciou pesados investimentos. As montadoras têm exigido do governo a devolução imediata do imposto integral, de 35%, sobre carros híbridos e elétricos importados, cuja origem é principalmente na China.
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