Os líderes mundiais devem “agir mais rápido” para bloquear os fabricantes de drogas sintéticas como o fentanil, a principal causa de morte entre os americanos com idades entre 18 e 49 anos, disse ele na terça-feira. Joe Biden.
“Não podemos desistir”, afirmou o Presidente dos Estados Unidos durante uma cimeira da Coligação Global sobre Ameaças das Drogas Sintéticas, realizada em Nova Iorque, à margem da Assembleia Geral da ONU.
Os fabricantes de medicamentos e os cartéis “continuam a adaptar as suas práticas, a desenvolver novos produtos químicos, a agir rapidamente para escapar aos nossos esforços; temos de agir mais rapidamente”, insistiu.
“Eles continuam a explorar as cadeias de abastecimento globais para expandir as suas redes. Precisamos bloquear esse caminho”, acrescentou Biden, horas depois de fazer o seu discurso final na ONU antes de deixar a Casa Branca em janeiro.
O número de mortes por overdose nos Estados Unidos diminuiu 10% no último ano, anunciou Biden, mas ainda são registadas cerca de 100.000 mortes por ano, principalmente devido ao fentanil, um opiáceo sintético 50 vezes mais potente que a heroína.
Biden apelou aos líderes da coligação, composta por quase 160 países e 15 organizações internacionais, para que atuem “em conjunto” para “interromper o ciclo de violência e instabilidade gerado pelos traficantes de droga”.
Segundo a Agência Antidrogas dos EUA (DEA), os cartéis mexicanos são os principais produtores de fentanil em laboratórios clandestinos, utilizando substâncias originárias principalmente da China.
O governo dos EUA e do México retomaram a colaboração com Pequim no ano passado para combater esta ameaça.
Para o México, “o consumo é uma parte fundamental da equação”, disse a ministra mexicana dos Negócios Estrangeiros, Alicia Bárcena, que também chamou a atenção para a necessidade de “abordar a venda e o tráfico ilegal de armas de fogo, pois este é o outro lado da moeda”.
“A posição geográfica do México no planeta” é muito crítica para o tráfico de drogas, disse a chanceler.
O presidente da República Dominicana, Luis Abinader, destacou que “a ameaça do tráfico de drogas sintéticas não conhece fronteiras”.
O fentanil causa cerca de 70% das mortes por overdose nos Estados Unidos, onde foi declarado uma “ameaça à segurança nacional”, mas há outras drogas que também preocupam as autoridades.
O Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime alertou este ano sobre o aumento do uso de nitazenos, uma substância psicoativa que não está aprovada para uso médico em nenhum país.
Dependendo da sua formulação, alguns nitazenos podem ser 800 vezes mais potentes que a morfina e 40 vezes mais potentes que o fentanil.
Desde o primeiro relatório em 2019, o número de nitazenos relatados aumentou de uma substância naquele ano para 13 em 2023, de acordo com a ONU.
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