O embaixador de Israel na ONU afirmou que o país não pretende invadir o Líbano com tropas terrestres, mas fará o que for necessário para conter os ataques da milícia xiita Hezbollah, baseada em território libanês.
Os dois lados trocam ataques na fronteira entre os dois países há quase um ano, mas o conflito se agravou nos últimos dias com as explosões de aparelhos eletrônicos ligados à milícia e os ataques aéreos que mataram mais de 550 pessoas no Líbano.
O enviado, Danny Danon, foi questionado durante entrevista coletiva na sede da ONU, em Nova York, nesta terça-feira, 24, sobre a possibilidade de uma invasão terrestre. “Israel não está ansioso para lançar qualquer invasão terrestre, em qualquer lugar”, declarou ele.
“Preferimos uma solução diplomática. Mas se não funcionar, usaremos outros métodos para mostrar ao outro lado que estamos falando sério”, acrescentou.
Desde a semana passada, Israel afirma ter entrado numa nova fase da guerra no Médio Oriente, com aumento das ofensivas aéreas e de inteligência contra alvos do Hezbollah. Os dois lados mantiveram ofensivas durante quase um ano, mas em baixa intensidade. O conflito começou depois de Israel ter declarado guerra ao grupo terrorista Hamas, em retaliação ao ataque de 7 de outubro.
O Hezbollah, aliado do Hamas, envolveu-se na guerra em apoio ao grupo e começou a lançar mísseis na fronteira Israel-Líbano. Milhares de israelenses que viviam na região tiveram que deixar suas casas.
As forças israelitas retaliaram contra a milícia durante todo o período com ataques dentro do Líbano, mas concentraram-se na Faixa de Gaza, onde morreram mais de 40 mil pessoas, incluindo civis e combatentes do Hamas.
Segundo o governo israelita, a nova fase da guerra visa fazer recuar o Hezbollah para garantir a segurança dos israelitas que tiveram de abandonar as suas casas no norte por razões de segurança. “Faremos o que for necessário para trazer os residentes de volta ao norte”, disse Danon.
A aposta de Israel é incerta. Apesar dos ataques aéreos israelitas no Líbano, que causaram o dia mais mortal no Líbano desde a guerra civil do país, que terminou em 1990, o Hezbollah disse que não recuará das ofensivas até que seja alcançado um cessar-fogo na Faixa de Gaza. Apesar da redução das operações em território palestino, novos ataques continuam a ocorrer.
Esta terça-feira, Israel realizou novos ataques aéreos ao campo de refugiados de Nuseirat, no centro da Faixa de Gaza. Vários palestinos ficaram feridos, incluindo crianças. Com as ofensivas no Líbano a ganharem atenção nos últimos dias, os palestinianos temem que a situação no enclave seja esquecida.
Os críticos do governo de Binyamin Netanyahu afirmam que os novos ataques no Líbano estão a adiar a guerra para garantir a sobrevivência política do primeiro-ministro israelita, criticado internamente pelos erros de segurança que permitiram o ataque terrorista de 7 de Outubro. Bibi, como é chamado o primeiro-ministro, também é criticado pelos israelenses por não ter conseguido resgatar reféns israelenses que estão detidos pelo Hamas há quase um ano.
O primeiro-ministro israelense deve viajar para discursar na Assembleia Geral da ONU na sexta-feira, 27. Danon confirmou nesta terça-feira que a viagem continua, mas destacou que o plano pode mudar. “As coisas são dinâmicas”, declarou ele.
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