Um caso que chamou a atenção recentemente é o de Jonas Cristiam, cabeleireiro de Joinville (SC), que descobriu ter uma condição rara conhecida como Situs Inversus Totalis (SIT). Aos 32 anos, Jonas descobriu que todos os seus órgãos internos estão em posições invertidas, como se fossem uma imagem espelhada. Mas afinal, o que é a SIT e como essa condição se manifesta?
O que é Situs Inversus Totalis?
Pesquisa científica conduzida por Katalin Eitler, András Bibok e Gábor Telkes e publicada em Biblioteca Nacional de Medicina explica que Situs Inversus Totalis é uma condição em que órgãos como coração, fígado e estômago ficam em posições opostas às suas localizações habituais.
Por exemplo, o coração, que normalmente estaria no lado esquerdo do peito, em pessoas com SIT está localizado no lado direito. Esta condição do coração é chamada Dextrocardia e pode ocorrer tanto de forma isolada quanto em pessoas com Situs Inversus Totalis.
É importante destacar que, segundo o site americano, essa condição é congênita, ou seja, a pessoa já nasce com ela.
Quem primeiro identificou o SIT?
Embora a condição tenha um nome que desperta curiosidade, a primeira vez que foi observada foi em animais. A observação foi feita pelo filósofo Aristóteles, entre 384 a.C. e 322 a.C..
No entanto, demorou até o século 17 para ser descrito em humanos. O primeiro caso em humanos foi relatado por Fabricius em 1600, que observou inversão do fígado e baço. Pouco depois, Riolan, um médico francês, relatou mais dois casos. Em 1643, Marco Severino reconheceu a dextrocardia, quando o coração está no lado direito do peito.
Algum tempo depois, no século XIX, Küchenmeister foi o primeiro a observar quatro casos de situs inversus em pessoas vivas, descrevendo a condição em 1888. Ele usou o termo “situs viscerum transversus” para nomear esse arranjo dos órgãos. Já em 1897, Vehsemeyer foi o primeiro a usar raios X para demonstrar a transposição de órgãos.
Como aparece o Situs Inversus Totalis?
Existem muitos estudos sobre por que a condição é causada. Entre eles está a má formação do embrião durante a gravidez, que não segue o padrão “comum” nos lados esquerdo e direito do corpo.
Existe também outro termo denominado Situs Ambiguus, que se refere aos casos em que os órgãos estão parcialmente invertidos ou em posições irregulares.
Segundo o site americano, a causa dessa inversão é genética, com mais de 100 genes envolvidos na regulação da lateralidade, ou seja, do “lado” em que os órgãos deveriam se desenvolver. A condição é rara, ocorrendo em cerca de 1 em cada 10.000 pessoas, e é ligeiramente mais comum em homens.
Quais são os sintomas do Situs Inversus Totalis?
Segundo pesquisas, a condição em si geralmente não causa sintomas. No entanto, condições geradas por órgãos invertidos podem causar dor em locais incomuns. Como exemplo, os pesquisadores apontam dor no apêndice ou inflamação na vesícula biliar, mas causada em lados opostos de onde geralmente estão localizados os órgãos.
A pesquisa mostra que o diagnóstico geralmente é feito por acidente, quando os médicos pesquisam condições anteriores.
Diagnóstico e tratamento de situs inversus totalis
Ainda segundo estudos americanos, para tratar ou operar pessoas com situs inversus, os médicos precisam de muita habilidade e planejamento.
As condições geralmente são tratadas individualmente, em alguns casos não eliminando a necessidade de cirurgia reconstrutiva.
O diagnóstico é feito por meio de exames de imagem avançados, como tomografia computadorizada. Eles são essenciais para entender o posicionamento dos órgãos e planejar cirurgias, se necessário.
O site explica ainda que a disposição invertida dos órgãos pode ser um fator que dificulta o transplante de órgãos desses pacientes.
Por exemplo, em um transplante de fígado, o cirurgião pode precisar fazer ajustes e utilizar técnicas especiais para adaptar o novo órgão ao corpo do paciente, pois o fígado e outros órgãos podem estar em posições diferentes do normal.
O diagnóstico é considerado difícil, mas não impossível. Embora a condição traga alguns desafios à medicina, o artigo científico deixa claro que é possível realizar cirurgias que interfiram no funcionamento do organismo e ajudem a combater a dor.
É possível reverter o quadro com cirurgia?
As cirurgias realizadas nesses pacientes incluem remoção da vesícula biliar (colecistectomia) e apendicectomia. Em cirurgias mais complexas, como transplantes de órgãos, a anatomia única dos órgãos torna o procedimento mais complicado, mas ainda é viável com um planejamento cuidadoso.
O artigo termina explicando que embora a TIE apresente desafios, é possível realizar diversos procedimentos cirúrgicos com sucesso. Compreender a anatomia única e um planejamento cuidadoso são essenciais para garantir bons resultados.
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