O Mercado Livre pretende dobrar o número de centros de distribuição no país até 2025, em meio ao plano de expansão da categoria de entrega em um dia.
A expansão inclui 11 novas unidades logísticas no Rio de Janeiro, Ceará, Bahia, Paraná e São Paulo, previstas para o próximo ano.
Com a expansão, a gigante do comércio eletrônico passará a contar com 21 centros de distribuição no Brasil.
O anúncio foi feito nesta terça-feira, em São Paulo, durante evento da empresa para vendedores e parceiros comerciais, Mercado Livre Experience.
Os centros funcionarão no modelo de atendimento, onde as mercadorias ficam armazenadas até o consumidor efetuar a compra.
A empresa de comércio eletrônico projeta que a expansão aumentará em 40% o número atual de cidades brasileiras com serviço de entrega no mesmo dia, que é 232.
Tendo o Brasil como principal mercado, seguido do México e da Argentina, o Mercado Livre conta atualmente com 10 centros de distribuição no país, sendo metade deles em São Paulo. O restante está no Rio de Janeiro, Bahia, Minas Gerais e Santa Catarina.
Maior investimento em 2025
Até o final deste ano, serão inaugurados mais três centros em São Paulo, além de unidades em Pernambuco, Rio Grande do Sul e Distrito Federal.
Em 2025, a operação será ampliada no Rio, na Bahia e em São Paulo, e as primeiras unidades serão inauguradas no Paraná e no Ceará.
O plano faz parte do pacote de investimentos de R$ 23 bilhões no Brasil, anunciado no início deste ano.
Além desse valor, novos investimentos no país também serão incluídos na conta de avanço logístico, que será feito no próximo ano.
O volume total ainda não foi definido, mas a empresa afirma que será maior que o de 2024.
— Ainda demoramos mais dois meses para fechar o plano (de investimento) e só no início de 2025 é que o plano vai para aprovação na diretoria da empresa.
Então ainda não sei o valor exato, mas sei que será superior ao de 2023 (R$ 23 bilhões) — projeta Fernando Yunes, vice-presidente sênior de e-commerce e líder do Mercado Livre no Brasil.
Região Norte fica de fora da expansão
Nas regiões abrangidas pelo plano de expansão, a empresa projeta uma redução no frete para os consumidores que pode chegar a 50%, dependendo da região.
Nunes estima que o custo adicional dessa expansão será compensado pelo aumento da rentabilidade da empresa, com ganhos de participação de mercado nas maiores regiões do país. Ele cita o exemplo do resultado da unidade logística inaugurada na Bahia, em 2022, que aumentou em 15 pontos a penetração da empresa no estado, segundo ele.
— A expansão faz parte do nosso plano de negócios. […] O custo desta malha logística faz parte da nossa visão de continuar aumentando a rentabilidade. Não esperamos ver impacto na rentabilidade por causa do aumento da malha logística porque junto com esse aumento vem um aumento nas vendas, um aumento no crescimento da empresa — afirma o executivo.
Com a expansão, a região Norte do país será a única sem centro de distribuição. O diretor de logística do Mercado Livre, Luiz Vergueiro, afirma que a empresa segue o plano de expansão logística desenhado para o Brasil, mas que tem mais estados no radar:
— Hoje chegamos em Manaus daqui a dois dias vindos de São Paulo e de fato temos vontade futura de expandir nossa atuação por lá.
Aviões e campanha para supermercado online
Além dos novos centros de distribuição, o Mercado Livre anunciou que terá duas novas aeronaves em operação em parceria com a Gol, por meio da Gollog, unidade de logística da companhia aérea. Isso elevará para nove a frota que opera exclusivamente com o Mercado Livre.
A empresa também apresentou planos para fortalecer as verticais de moda e supermercados. Na moda, o plano envolve a expansão das chamadas regiões estratégicas, onde a empresa trabalha ativamente para atrair varejistas, com um projeto que envolve descontos em fretes e consultorias.
Pólos deste segmento, as cidades de Franca (SP), Nova Friburgo (RJ), Vale do Itajaí (SC) e Goiânia (GO) serão incluídas como áreas prioritárias.
Com uma nova campanha publicitária, a empresa também reforçará o segmento de supermercados online para os consumidores.
O anúncio irá sugerir o Mercado Livre como alternativa ao mercado físico.
Entre o início de 2023 e 2024, a empresa ampliou em 15% as opções de produtos na categoria.
Hoje, segundo a empresa, os principais produtos procurados nesse segmento, dentro da plataforma, são azeite (uma das recentes “guitarras” da inflação), cerveja, papel higiênico e fraldas.
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