A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara rejeitou os recursos apresentados pela defesa do deputado Chiquinho Brazão (sem partido) e manteve o texto aprovado em agosto pelo Conselho de Ética da Câmara que pede seu impeachment por envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL), em 2018.
O relatório do deputado Ricardo Ayres (Republicanos-TO) contra os recursos foi aprovado por 57 a 2.
A sessão foi convocada durante o recesso da Câmara, por iniciativa dos advogados de Brazão.
” enviesado.” Essa possibilidade foi rejeitada pela diretoria.
“O Recorrente alega que o procedimento foi conduzido de forma viciada, apontando supostas irregularidades ocorridas desde a designação do relator até a conclusão do relatório final, o que, segundo ele, tornaria nulo o processo disciplinar. , esta alegação não é sustentável. O processo disciplinar foi conduzido em estrita conformidade com os procedimentos normais, garantindo a legalidade e legitimidade do procedimento”, diz trecho do documento aprovado.
Em outro trecho, a reportagem discute a alegação da defesa de Brazão, que considerou a perda de mandato “desproporcional”.
“O Recorrente alega que a sanção sugerida de perda de mandato é desproporcional, considerando que as provas apresentadas contra ele seriam insuficientes para justificar tão severa punição. uma análise aprofundada e cuidadosa do acervo probatório, que incluía documentos, declarações e outros elementos relevantes”.
A defesa de Brazão alegou inocência e disse que Brazão teve problemas de saúde:
— Tem um parlamentar prestes a perder o cargo, apenas pela palavra do assassino confesso Ronnie Lessa. Há o desejo de procurar os responsáveis por este crime monstruoso, mas isso não pode significar o fim da vida de um parlamentar. Ele sempre me diz que talvez não consiga finalizar o processo, seus sinais estão desequilibrados por causa dessa injustiça. O deputado Jack Rocha não pôde exercer esta relatoria, após manifestar posicionamentos sem Brazão. Além disso, nem todas as testemunhas foram ouvidas — afirmou o advogado Murilo de Oliveira durante a sessão.
Em seu texto apresentado ao Conselho de Ética, Jack Rocha citou a quebra de decoro e a possibilidade de obstrução da Justiça como argumentos para recomendar a perda do mandato de Brazão.
A decisão da CCJ, caso mantenha o entendimento de revogação, ainda precisará ser submetida ao plenário da Câmara.
É possível que na sessão desta segunda seja apresentado pedido de revisão, o que pode atrasar a análise e votação do relatório Ayres.
No início de abril, a Câmara dos Deputados decidiu manter a prisão do deputado.
A votação foi aprovada por uma margem apertada. Associado à milícia pelos investigadores, o parlamentar foi derrotado pelos colegas no plenário, mas conseguiu apoio significativo do Centrão e de partidos de oposição.
Segundo a Polícia Federal, Chiquinho Brazão e seu irmão, o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado Domingos Brazão, foram os mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco.
Além deles, o ex-chefe da Polícia Civil de Rio Rivaldo Barbosa também foi alvo de mandado de prisão preventiva.
Segundo as investigações, o delegado seria responsável por garantir uma espécie de imunidade aos envolvidos, ou seja, de alguma forma a investigação que se seguiu não conseguiria chegar aos responsáveis pelo empreendimento criminoso.
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