O Tribunal de Contas da União (TCU) já concluiu a minuta que definirá as regras do novo contrato entre o governo federal e a CCR MSVia, mas ainda não incluiu o documento na pauta de votação do plenário do tribunal. A Justiça vem propondo um novo contrato há pelo menos sete meses, mas ainda não respondeu e nem tem previsão.
A proposta é que a concessionária continue administrando a BR-163, seguindo parâmetros diferentes do contrato assinado em 2014, que acabou sendo descumprido. O investimento previsto é de R$ 12 bilhões em 35 anos.
Embora o conteúdo seja sigiloso, o processo foi turbinado nesta semana, com nove movimentações entre secretarias do TCU e envolvidos.
Na última terça-feira (11), um dia após a “Projeto de Termo de Autocomposição” (termo técnico do documento que estabelece regras e condições do acordo que será assinado, pondo fim à polêmica) ter sido acrescentado ao processo pelo Secretaria de Controle Externo, Solução Consensual e Prevenção de Conflitos (SecexConsenso), seu conteúdo foi disponibilizado à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), ao Ministério dos Transportes e à MSVia.
A SecexConsenso, segundo o órgão, tem a função de “identificar soluções consensuais para problemas relevantes e mitigar disputas que muitas vezes demoram para tramitar no TCU e nem sempre chegam a uma conclusão que maximize o interesse público”.
Com a comunicação feita aos três interessados externos, o TCU agora pode colocar o processo em votação, após nove meses buscando uma solução consensual para o futuro da BR-163, já que a MSVia pretendia devolver a rodovia à União após alegar que o a concessão tornou-se inviável devido ao descumprimento do acordo por parte do Governo Federal e à crise econômica que reduziu o fluxo de veículos e as expectativas de receita com pedágio.
Por isso, foi assinado em 2021 um contrato de relicitação que manteria a MSVia administrando a rodovia por até dois anos. Porém, posteriormente foram assinados mais dois termos que mantêm a concessionária responsável pela gestão da BR-163 até 2025.
No ano passado, o Governo Federal tomou a decisão de renovar o contrato com a maioria das atuais concessionárias do país (incluindo a MSVia) com o argumento de que esta seria a melhor forma de manter os serviços aos usuários.
Esta decisão foi tomada apesar de estudos avançados do Ministério dos Transportes para que pudesse haver um novo concurso.
A BR-163 foi dividida em dois lotes: Rota Pantanal (379 quilômetros, entre Campo Grande e divisa com Mato Grosso) e Rota Tuiuiu (714 quilômetros, entre Campo Grande e divisa com o Paraná e o trecho da BR-267, entre Bataguassu e divisa com São Paulo).
Os estudos dessas novas concessões prevêem investimentos de R$ 19 bilhões em rodovias num período de 30 anos.
Porém, nos dias 5 e 6 de setembro, o ministro dos Transportes, Renan Filho, e o diretor-geral da ANTT, Rafael Vitale, apresentaram ao governador Eduardo Riedel (PSDB) uma prévia do plano de investimentos da BR-163. Foi elaborado de forma consensual, em consonância com a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística.
Os recursos serão aplicados em toda a rodovia até o final da concessão, que deverá ser prorrogada até 2049, com R$ 2,3 bilhões para os três primeiros anos (2024, 2025 e 2026).
Na época, o governador Eduardo Riedel exigiu o congelamento dos valores dos pedágios e investimentos em duplicação, construção de faixas adicionais, estradas marginais e desvios.
DESCOBRIR
Antigamente conhecida como Rodovia da Morte, a BR-163 teve 22 mortes de janeiro a abril deste ano. Para o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte e Logística do MS (SETLOG), Cláudio Cavol, muitas dessas mortes poderiam ser evitadas com a duplicação da rodovia, prevista no contrato com a MSVia. A empresa não realiza obras na estrada desde 2017, quando deixou de fazer investimentos e solicitou o reequilíbrio do contrato.
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