Prefeito de Cunha Porã, no Extremo Oeste catarinense, por dois mandatos consecutivos, o deputado Mauro de Nadal preside a Assembleia Legislativa do Estado neste momento em que a Casa comemora 190 anos. Formado em Direito, desde os 27 anos ocupa cargos políticos e é considerado um articulador, um agregador que dialoga com todos os grupos partidários.
Mauro de Nadal já foi secretário regional do Palmitos e atuou como assessor jurídico da bancada do MDB. Ele também passou oito dias à frente do Executivo, em 2021, e outros oito dias em 2024, nos períodos em que o governador em exercício esteve afastado.
Ele permanecerá como presidente da Alesc até fevereiro de 2025. Nesta entrevista, Mauro de Nadal fala sobre a importância da data para a Alesc e o trabalho que a Casa realiza atualmente.
Entrevista com Mauro de Nadal
O que a Assembleia Legislativa do Estado tem feito para comemorar seus 190 anos?
Diversos eventos estão marcando esse momento único para o Legislativo, que é muito importante para todos os catarinenses. A programação não é apenas festiva, mas também aproxima as pessoas da sociedade. Uma medida relevante são as sessões descentralizadas, nas quais as bancadas regionais ouvem o que a população dos municípios tem a dizer e a exigir.
Até dezembro ainda realizaremos encontros em Lages e Chapecó, totalizando cinco encontros ao longo do ano. Em 2024, também serão comemorados os 35 anos da Assembleia Constituinte catarinense, que remonta a 1989.
Haverá um evento ainda neste semestre em que estarão presentes grandes personalidades, incluindo um ex-presidente da República, além de ex-eleitores. Até ao final do ano ainda haverá discussão em torno do orçamento para 2025.
Porque é que esta descentralização que referiu, e que a Assembleia tem vindo a priorizar, é tão importante?
Há simbolismo nisso, porque todos os parlamentares sabem o que as suas bases têm a dizer. Todos se sentam à mesma mesa e ali os projetos regionais são discutidos pelas pessoas e entidades que os representam. É assim que nascem programas com impacto regional e coletivo. É uma maneira diferente de fazer política.
Neste momento, em particular, esta prática está a ganhar mais relevância?
Sim, porque todos unem forças e deixam para trás o radicalismo que tem sido comum na política. As brigas não trazem dividendos para ninguém. As lutas não constroem escolas e estradas. Um exemplo é o nosso envolvimento com o programa Estrada Boa, que vai injetar muitos recursos do BNDES na recuperação das rodovias estaduais.
No momento, os legislativos estaduais estão buscando assumir poderes que estão no nível federal. O que justifica esta afirmação?
É necessário ampliar as competências do Legislativo, criando normas locais que se adaptem às necessidades dos Estados em áreas como saúde, infraestrutura (para questões relativas ao trânsito, por exemplo), assistência social e educação, tendo em vista as limitações legais que a subordinação às regras federais causa. Precisamos provocar o Congresso Nacional nesse sentido.
A Alesc também firmou parcerias com outros poderes públicos. Neste cenário eleitoral, isso é ainda mais relevante?
Uma ação que temos buscado é fortalecer a parceria com outros órgãos, como a que ocorre com o TRE (Tribunal Regional Eleitoral), que permite testes para verificação e monitoramento de urnas.
Alesc tem que estar sensível às agendas que vêm da sociedade. Este ano, após as eleições, faremos novos ajustes nesta lista de reivindicações e também daremos destaque à análise das alterações que impõem o orçamento de 2025.
O senhor sempre teve uma atitude de colaboração com o Executivo, independentemente do partido. Esta política proposta provou ser bem-sucedida?
Sim, desde que assumi a chefia do Legislativo, promovi uma aproximação com o governo do Estado, com o objetivo de ajudar o Executivo em seus projetos e ações.
A Alesc também fez doações específicas, por exemplo, em casos de enchentes e na questão do desassoreamento do Rio Tubarão, envolvendo a Secretaria de Portos e Aeroportos. Essa parceria é necessária e tem sido uma marca da minha gestão.
A Assembleia comemora 190 anos e já presenciou muitos acontecimentos históricos em Santa Catarina. Pode analisar o que mudou nas práticas do Parlamento ao longo do tempo?
Fazendo uma comparação com o passado, vejo que havia mais ideologia, o que era relevante, dependendo de cada momento histórico. Hoje, os parlamentares estão mais focados em resolver questões que ajudem a melhorar a vida das pessoas. Houve tempos mais marcados por factoides, em que as bandeiras eram mais vagas. Hoje as práticas são mais intencionais.
Atualmente, as redes sociais são essenciais na comunicação entre a classe política e a sociedade. Os deputados estão aderindo a essa nova demanda?
Sim, temos deputados “viajantes”, que viajam muito, e aqueles que usam muito as redes sociais. As duas formas de comunicar com o povo, com os eleitores, permitem-lhes medir a temperatura da sociedade, através dos comentários e inquéritos informais que realizam. Quando viajam, principalmente, eles têm contato diário, corpo a corpo, para ouvir as bases.
simulação de emprestimo bradesco consignado
simular empréstimo consignado banco do brasil
taxa de juros de emprestimo
taxa de empréstimo itau
o que é refinanciamento de empréstimo consignado
como funciona o emprestimo do bolsa familia
menor taxa de juros emprestimo consignado
quando vai ser liberado o empréstimo do auxílio brasil