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O bebê Nicolas nasceu 15 dias antes, pegando de surpresa a mãe, que estava comprando os últimos itens do enxoval, e acabou nascendo na cadeirinha do carro, com ajuda dos bombeiros da Capital.

A mãe, Michele Salvaterra, de 36 anos, viu o parto natural como uma vitória há muito planejada, muito antes da gravidez do terceiro filho.

Tudo começou no projeto social do Parque Ayrton Senna, onde teve acesso ao trabalho da doula Renata Balle, que, em conversa com o Correio Estadualexplicou que, desde o primeiro parto, Michele gostaria de ter tido um parto natural, mas isso não aconteceu.

“A história de Michele não começa com esta gravidez. Ela tem uma trajetória muito legal de superação. Na minha segunda gravidez, nos conhecemos no projeto social em que trabalhava no parque. Porém, durante a gravidez, o projeto foi cancelado. Mas, com todo seu esforço e dedicação, ela veio até meu espaço, e eu a recebi para que ela pudesse finalizar a preparação comigo”, explicou a doula Renata Balle.

Durante a segunda gravidez, em 2023, Michele acabou desenvolvendo diabetes gestacional, o que levou ao parto induzido. “Ela foi para o Hospital Universitário, onde foi induzido o parto. Eu estava com ela, e ela [conseguiu] ter um parto normal.”

Terceira gravidez

Desde o início da gravidez de Nicolas, a mãe buscou espaço para dar continuidade aos treinamentos aplicados, que envolvem discutir as fases da gravidez, entre outras coisas, como:

• Relaxamento;
• Respirando;
• Percepção corporal;
• Autoconhecimento;
• Mobilidade pélvica;
• Força para suportar o próprio peso.

A doula vê em Michele uma mulher dedicada, que teve o dom de Deus e, apesar da surpresa, recebeu o que pediu.

Com o nascimento de Nicolas previsto para 15 de outubro, a mãe relatou que, nas primeiras horas da manhã, sentiu algumas contrações; porém, nesta fase da gravidez, ela não se preocupava porque era normal.

Ela foi ao espaço fazer treinamento físico e conversou com outras mães. Antes de voltar para casa, ela aproveitou para comprar algumas coisas que faltavam no enxoval do filho, quando sentiu as contrações aumentarem.

Ao entrar em contato com a doula, ela foi orientada a ir até a maternidade junto com o marido. No cruzamento da Avenida Ernesto Geisel com a Manoel da Costa Lima, a unidade do Corpo de Bombeiros foi acionada para socorrer a mãe e a criança, que nasceu na cadeirinha.

“Quando o bombeiro chegou foi para pegar o Nicolas, que já estava coroando”, disse Michele.

Quanto ao acompanhamento com a doula, ela relatou que foi fundamental. “O treinamento foi essencial, pois me deu confiança para entender cada fase do trabalho de parto e tranquilidade durante a gravidez, em relação à dor e às atividades do dia a dia.”

Nicolas nasceu pesando 3.300 kg e 48 centímetros. Às 12h desta sexta-feira (20), mãe e bebê tiveram alta do Hospital Regional, e a família está toda reunida em casa.

Outro caso

Na madrugada desta quarta-feira (20), a equipe da Unidade de Resgate (UR) recebeu uma ligação para levar uma gestante em trabalho de parto ao Hospital Regional.

Ao perceberem que não tinham tempo, a Unidade de Serviço Avançado de Resgate (URSA) foi acionada e o parto ocorreu no veículo.

Divulgação do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul

“Interceptamos o veículo da UR a caminho do hospital e realizamos o parto do bebê. A paciente estava coroando o bebê e o nascimento transcorreu sem intercorrências. Depois disso, prestamos assistência completa à mãe e à criança e encaminhamos ambos para o Hospital Regional”, explicou o Tenente Médico Miranda, que realizou o parto.

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