O ministro da Educação, Camilo Santana, prepara um projeto de lei que proíbe o uso de celular dentro das salas de aula de escolas públicas e privadas do país. Segundo o ministério, a proposta será apresentada ao Congresso Nacional em outubro.
Segundo o Ministério da Educação (MEC), a intenção é garantir maior segurança jurídica aos Estados que já possuem leis que proíbem o uso de aparelhos em salas de aula. Um exemplo é o Ceará, reduto eleitoral do ministro, que aprovou uma lei sobre o tema em 2008.
Em São Paulo tramita o projeto de lei nº 293/2024, que estabelece a proibição do uso de celular nas escolas do Estado. A proposta tramita atualmente na Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) e tem gerado discussões entre educadores e gestores públicos.
Segundo a pesquisa TIC Educação 2023, lançada no mês passado pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil, 28% das escolas públicas e privadas de ensino fundamental e médio do Brasil proíbem o uso de celular pelos alunos. A pesquisa mostrou ainda que 64% das instituições permitem, mas restringem o acesso aos telefones a determinados espaços e horários.
O MEC argumenta ainda que a proibição do uso de celulares nas salas de aula vai ao encontro dos resultados de estudos internacionais sobre o tema. A pesquisa citada pelo departamento mostra que os dispositivos causam distrações aos alunos, interferindo no aprendizado.
Em julho de 2023, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) divulgou um relatório alertando sobre o uso excessivo de telas por crianças e adolescentes. A entidade também citou exemplos de países onde o uso é proibido.
“Dados de avaliações internacionais em larga escala sugerem uma correlação negativa entre o uso excessivo de tecnologias de informação e comunicação e o desempenho acadêmico. Verificou-se que a mera proximidade de um telefone celular era capaz de distrair os alunos e causar um impacto negativo na aprendizagem em 14 países”, destaca a UNESCO.
Camilo disse ao Diário do Nordeste nesta quinta-feira, 20, que técnicos do ministério estão formulando o texto que será apresentado ao Congresso Nacional. Ao Estadão, o MEC afirmou que a medida fará parte de um pacote com outras regulamentações que estão sendo analisadas pelo ministério.
Para ser aprovado, o projeto de lei que será apresentado pelo MEC será discutido pelos parlamentares e precisará ser aprovado por maioria simples da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. Depois de aprovada pelo Congresso, ainda é necessária a sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Veja também
Saúde
Toffoli recebe alta médica e se recuperará em casa
Eleições
Polícia Federal prende 31 candidatos em 10 estados
emprestimos pessoal em curitiba
quem tem bpc pode fazer empréstimo
bancos inss
antecipar decimo terceiro itau
cartao itau inss
emprestimo pessoal 5 mil
empréstimo consignado melhores taxas