Por Rodrigo Viga Gaier
RIO DE JANEIRO (Reuters) – O Comitê de Acompanhamento do Setor Elétrico (CMSE) deverá aprovar a volta do horário de verão, já que o país busca otimizar a geração de energia diante do estado mais seco do parque hidrelétrico, disseram fontes ao lado do discussões nesta quinta-feira.
Mas a decisão ainda depende de discussão marcada para a tarde desta quinta. A reunião de autoridades do setor, que normalmente aconteceria em Brasília, será realizada excepcionalmente na sede do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), no Rio de Janeiro.
O ministro de Energia de Minas, Alexandre Silveira, que já afirmou que a volta do horário de verão é uma “realidade muito premente”, estará presente na reunião.
“Será uma discussão longa, mas a tendência é aprovar a volta”, disse uma das fontes, sob condição de sigilo.
“O viés é aprovar. Um estudo do ONS servirá de base, mas a decisão será política”, acrescentou uma segunda fonte.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, tem entrevista coletiva marcada para as 16h, na sede do ONS.
O Brasil aboliu o horário de verão em 2019 sob o argumento de que não trazia mais ganhos ao setor elétrico.
Mas agora existe uma percepção de que adiantar os relógios uma hora pode ajudar a reduzir a pressão sobre o sistema eléctrico no final da tarde, quando as centrais solares param de produzir ao mesmo tempo que o consumo está no seu pico.
Porém, os ganhos para o sistema podem não ser tão relevantes, pois garante uma hora extra de geração solar em um horário do dia em que os níveis de insolação já são mais baixos.
Porém, este ano o país atravessa uma seca histórica, afetando o nível dos reservatórios hidrelétricos, que respondem por mais de 50% da geração elétrica do país.
“O que temos hoje é que quando as usinas solares desligam no final da tarde e o calor continua alto, a energia é necessária para atender os horários de pico”, explicou uma das fontes, repetindo o argumento do ministro de Minas e Energia .
“Os reservatórios nem estão tão baixos, mas como estamos numa seca enorme e não sabemos o que nos espera, precisamos de poupar água”, disse uma fonte.
A volta do horário de verão divide opiniões.
Setores ligados ao lazer e entretenimento, como bares e restaurantes, como “uma hora extra” de luz do dia, os segmentos industrial e de aviação têm dificuldade de adaptação, principalmente quando a medida é tomada sem a previsibilidade necessária.
As fontes não sabiam quando o horário de verão poderia entrar em operação.
Adiar os relógios em uma hora afetaria todo o atual horário de voos das companhias aéreas, especialmente no exterior, levando a ajustes nos horários de partida e chegada e nas conexões, com custos adicionais para realocação de equipes e tripulantes.
O setor tem horário de voos fechado para os próximos seis meses, segundo fonte com conhecimento do assunto.
“Há dúvidas sobre a economia efetiva, mas desta vez há uma razão mais técnica do que econômica. A seca é muito forte”, disse à Reuters o presidente do Conselho Econômico Regional de São Paulo, Pedro Afonso Gomes.
Ao contrário do que acontecia no passado, quando o maior consumo de energia atingia o pico no início do ano, agora a maior procura deve-se aos sistemas de ar condicionado.
“Por isso, o horário de verão, período que em tese escurece mais tarde, tem pouco efeito na economia de energia”, avaliou o analista da Equus Capital Energy, Pedro Coletta.
(Por Rodrigo Viga Gaier)
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