Por Fernando Cardoso
SÃO PAULO (Reuters) – A moeda caiu frente ao real nesta quinta-feira, com investidores reagindo à confirmação às vésperas do aumento do diferencial de juros entre Brasil e Estados Unidos, após alta da taxa Selic e grande corte na taxa do Federal Reserve.
Às 9h35, o dólar à vista caía 0,65%, a 5,4247 reais na venda. Na B3 (BVMF), o contrato de primeiro vencimento caía 0,77%, a 5,420 reais na venda.
Na noite de quarta-feira, após o fechamento dos mercados, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu elevar a taxa básica de juros em 25 pontos-base, para 10,75% ao ano, em decisão unânime de sua diretoria, que passou a vislumbrar um cenário com maior risco de aumento da inflação à frente e também sugerindo um possível superaquecimento da economia brasileira.
A primeira elevação das taxas de juros em pouco mais de dois anos ocorreu depois que as autoridades do BC chamaram a atenção nas últimas semanas para a força da atividade econômica e afirmaram que o aperto nas taxas de juros era uma possibilidade.
O anúncio por si só seria, em tese, positivo para o real, já que uma Selic mais alta torna a moeda brasileira mais interessante para operações de “carry trade”, nas quais os investidores tomam dinheiro emprestado em países com juros baixos e investem em locais com taxas mais altas.
Mas o efeito da decisão do Copom foi complementado pelo movimento divergente do banco central dos EUA, que reduziu a sua taxa de juro em 50 pontos base, iniciando um novo ciclo de flexibilização monetária, à medida que as autoridades demonstram maior preocupação com o arrefecimento do mercado de trabalho.
Segundo o presidente do banco central dos EUA, Jerome Powell, a “decisão reflecte a nossa crescente confiança de que, com uma recomposição adequada da nossa orientação de política monetária, a força do mercado de trabalho pode ser mantida num contexto de crescimento moderado e de inflação movendo-se de forma sustentável para 2%.”
Com os investidores analisando a decisão do Fed e aguardando o anúncio do Copom na sessão anterior, o dólar à vista já havia fechado a quarta-feira com queda de 0,48%, cotado a 5,4601 reais.
Os impactos da flexibilização da Fed também poderão ser observados noutros mercados cambiais, com o dólar a recuar face à maioria dos seus pares fortes e emergentes.
O – que mede o desempenho da moeda norte-americana em relação a uma cesta de seis moedas – caiu 0,12%, para 100,900.
A moeda dos EUA ainda perdeu contra o eo.
A perspectiva futura é ainda mais positiva para os pares de moedas dos EUA, incluindo o real.
Os traders apostam que o Fed reduzirá as taxas em mais 71 pontos base até ao final deste ano, com mais reduções esperadas no próximo ano, de acordo com a ferramenta FedWatch da CME.
No Brasil, o mercado prevê mais aumentos nas taxas de juros em 2024, com 81% de chance de aumento de 50 pontos-base na Selic na próxima reunião do Copom, em novembro.
“Acredito que esta manhã estamos vendo uma abertura de mercado que me parece condizente com o que será o ritmo até o final do ano”, disse Matheus Spiess, analista da Empiricus Research.
“Estou otimista com esta janela final para 2024, é um contexto que me parece promissor.”
banco pan empréstimo
emprestimo online simular
empréstimo 40 mil
tabela de empréstimos
emprestimo para servidor publico municipal
emprestimo fgts banco pan
qual o melhor banco para liberar emprestimo
antecipar renovação claro