Os dois conversaram por vídeo nesta quarta-feira (18), após a morte de um indígena em Antônio João. Nesta quinta-feira, Riedel promete levar a Brasília relatório comprovando a ação do tráfico de drogas entre indígenas
Horas depois da morte de um indígena em meio a uma operação da Polícia Militar em Antônio João, no extremo sul do Estado, o governador Eduardo Riedel discutiu com o presidente Lula, no final da tarde desta quarta-feira (18), um relatório sobre o conflito fundiário na região fronteiriça com o Paraguai.
“Estamos empenhados em garantir que não haja mais conflitos”, frisou o governador Riedel ao presidente Lula, indicando também que já solicitou a abertura de um inquérito para apurar as circunstâncias que levaram à morte, segundo comunicado divulgado pelo assessoria de imprensa.
Na manhã desta quarta-feira, o governador e o secretário de Estado da Justiça e Segurança Pública, Antônio Carlos Videira, atribuíram a tensão e o confronto entre policiais e indígenas a um suposto papel do tráfico de drogas, que estava “exportando” indígenas paraguaios para o Brasil lado para aumentar seu poder de domínio e facilitar o escoamento da maconha que é produzida no lado paraguaio.
Segundo a assessoria de imprensa do Governo, Riedel e Lula falaram abertamente sobre as suspeitas envolvendo o tráfico de drogas na região, com fazendas de maconha localizadas do outro lado da fronteira, próximas aos imóveis ocupados no Brasil, e a presença de facções criminosas que iriam atrair pessoas dentro das comunidades indígenas.
Ainda segundo a assessoria, um relatório de inteligência produzido pelas forças de segurança de Mato Grosso do Sul será apresentado pelo governador a representantes do Governo Federal e do STF (Supremo Tribunal Federal), nesta quinta-feira (19).
No confronto ocorrido na madrugada desta quarta-feira, o indígena Nery da Silva, da etnia Guarani Kaiowa, foi morto. Os indígenas reivindicam uma propriedade que está homologada desde 2005, mas até agora está em posse de agricultores.
Para cumprir a decisão da Justiça Federal, cerca de 100 policiais foram até a região para, segundo o secretário de segurança, garantir a ordem na região e acabaram entrando em confronto com o grupo que está há semanas na fazenda Barra. Esses povos originários residem na Terra Indígena chamada Nanderu Marangatu, onde ainda existe uma propriedade que seria a última em posse de outras pessoas que não os povos originários.
“Percebemos que nos últimos dias ficou mais intenso com a presença dos ‘índios paraguaios’. Estamos ali numa região onde a fronteira é um rio pequeno, facilmente transponível; e do outro lado temos várias plantações de maconha. . então há interesse de facções criminosas que exploram o tráfico de drogas”, disse o secretário na manhã desta quarta.
Segundo Videira, a Fazenda Barra fica a menos de 5 km da fronteira internacional, com informações de inteligência apontando a região como “estrategicamente posicionada” para escoar a produção do tráfico de drogas.
“A grande produção de toda essa região é destinada aos grandes centros, passando pelas aldeias. De aldeia em aldeia até chegar a Campo Grande; Dourados; e depois tem acesso aos maiores centros consumidores”, afirmou Videira.
Tensão
O governador, por sua vez, reforçou que o Estado “tem procurado avançar” nas políticas públicas voltadas às comunidades indígenas e ao seu desenvolvimento.
“Sou o representante dos governadores na mesa de conciliação do STF, é um tema complexo, difícil, mas o que estamos vendo aqui foge completamente dessa discussão”, diz Riedel.
Com base no que lhe foi repassado pelo setor de inteligência, Riedel apontou a versão de “disputa entre facções criminosas paraguaias”, destacando que a ordem recebida na Justiça é para manter a ordem.
“Numa propriedade que está em disputa, do ponto de vista fundiário, mas que tem uma família morando em casa e que não sai de lá, dizendo que vai morrer ali. A decisão é que o Estado garanta a segurança desta família e acessar pessoas desta propriedade”, reforçou o governador.
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