Crime ocorreu na madrugada desta quarta-feira (18) quando atiradores atacaram imóvel localizado em Antônio João
Após registrar a morte de um indígena, em confronto com a polícia na madrugada de hoje (18), no território Nanderu Marangatu, deputados da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS) se reuniram no plenário para planejar um pedido urgente de solução que deve ser entregue ao presidente Lula (PT) pelos ministros Wellington Dias (Desenvolvimento e Assistência Social), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar) e Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional).
“Não estou acusando a polícia, mas o tiro não caiu do céu, veio da arma de alguém e é preciso ressaltar uma coisa: só morrem indígenas nesses conflitos. São vulneráveis, passam fome, têm filhos, idosos, mulheres. Há mais de 20 anos que defendo os conflitos de forma pacífica, compensando imediatamente os agricultores, porque é irracional deixar as partes em conflito, num bang bang sem fim”, criticou Kemp.
O parlamentar apelou à Polícia Federal para intervir, investigar e esclarecer o caso. O deputado Zeca, do PT (PT), lembrou que já conversou com o presidente Lula sobre o tema em seu primeiro mandato.
“Levei para o presidente Lula, que se interessou, conversei com o ministro depois, mas aí eles vieram [os presidentes] Dilma, Temer, Bolsonaro e agora Lula de novo e nada foi resolvido. Não há absolutamente mais nenhum conflito.”
A deputada Gleice Jane (PT) disse que na chegada de Lula a Corumbá (MS), o presidente conversou com membros de vários municípios e com o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), dizendo que pretende resolver.
Gleice destacou ainda que os policiais também são vítimas de um sistema que não protege os trabalhadores, mas por outro lado, chamou a atenção a quantidade de policiais em tropa de choque defendendo a propriedade privada. “Não podemos ver privilégio de uns em detrimento de outros”, considerou.
O caso ocorrido esta manhã fez com que o Governo do Estado de Mato Grosso do Sul convocasse a sala de situação onde o secretário de Justiça e Segurança Pública, Antonio Carlos Videira, culpou “índios paraguaios a serviço do tráfico de drogas” pela intensificação do tráfico de drogas. os confrontos no interior do MS.
“Percebemos que nos últimos dias ficou mais intenso com a presença dos ‘índios paraguaios’. Estamos ali numa região onde a fronteira é um rio pequeno, facilmente transponível; e do outro lado temos várias plantações de maconha. . então há interesse de facções criminosas que exploram o tráfico de drogas”, afirma o titular da Sejusp.
Segundo Videira, que há um ano fez a afirmação: “Meu policial não vai morrer na faca com fuzil na mão”, a Fazenda Barra fica a menos de 5 km da fronteira internacional, com informações de inteligência apontando para a região como “estrategicamente posicionada” para escoar a produção do tráfico de drogas.
“A grande produção de toda essa região é destinada aos grandes centros, passando pelas aldeias. De aldeia em aldeia até chegar a Campo Grande; Dourados; e depois tem acesso aos maiores centros consumidores”, afirma o titular da pasta de Segurança Pública do MS .
Vale lembrar que esses povos originários residem na Terra Indígena Nanderu Marangatu, onde ainda existe uma propriedade que seria a última em posse de outras pessoas que não os povos originários, e que com aprovação datada de 2005, esta propriedade estariam sobrepostos em uma área voltada para ocupação tradicional dos povos indígenas de Nanderu Marangatu.
Força Nacional
Apesar de acompanhar membros da Coordenação Regional da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), agentes da Força Nacional não estiveram presentes na Terra Indígena Nanderu Marangatu, onde os povos originários foram alvo de ataques nas primeiras horas da manhã.
Segundo texto do Conselho Indígena, a violência iniciada continuou pela manhã, quando a Polícia Militar arrastou o corpo de Neri para uma parte da mata, o que causou comoção e revolta entre os demais indígenas.
Medições
O governador Eduardo Riedel disse que “lamenta profundamenteAo longo do episódio, Videira reforça que a ideia era tentar evitar confrontos, porém, a situação saiu do controle.
“Tudo o que não queríamos era que isso acontecesse. O que queremos daqui para frente é que a crise seja administrada para não termos mais mortes”, afirma o secretário.
Apoiado na ordem judicial, Videira acrescenta que a decisão ao abrigo da qual a actuação policial foi mesmo prorrogada, para que as forças policiais garantam o “ir e vir” dos funcionários e “donos” da quinta, da auto-estrada até à sede, no um percurso de mais de 10 quilômetros.
“Temos lá aproximadamente 100 militares, desde PMs; táticos; batalhões da região; quatro equipes do Departamento de Operações de Fronteira (DOF) e um batalhão de Choque também… vamos mantê-lo porque estamos cumprindo a ordem judicial “, acrescenta o titular da Sejusp.
indígena morto
Em 2005, a Terra Indígena Antônio João foi homologada como tradicionalmente ocupada pelos indígenas Nanderu Marangatu, onde está localizada a chamada Fazenda Barra.
Aparentemente, esta seria a última propriedade ocupada por não indígenas, e no dia 12 houve uma ação para retomá-la, na qual foi registrado esse primeiro confronto.
“De madrugada [de hoje, (18)] começaram a atacar a comunidade; derrubar os barracos; queimar, e teve uma pessoa assassinada, aparentemente executada, dizem que teve um atirador no meio e ele executou o indígena e a Tropa de Choque está lá cercando o corpo, estamos tentando fazer com que a PF vá retirar e realizar a investigação”, afirma Anderson Santos, advogado do Conselho Indigenista Missionário.
***Léo Ribeiro e Naiara Camargo colaboraram***
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