A luta contra a SIDA, a tuberculose e a malária conseguiu superar as consequências da pandemia de Covid-19, mas as alterações climáticas, os conflitos e a desigualdade ameaçam o seu progresso, alerta o Fundo Global num relatório divulgado esta quinta-feira (19).
Uma colaboração público-privada criada em 2002, o fundo injectou mais de 5 mil milhões de dólares em 2023 na luta contra a SIDA, a tuberculose e a malária, que matam centenas de milhares de pessoas anualmente e afectam mais milhões, destaca o documento.
“Em 2023, os programas financiados para combater o VIH, a tuberculose e a malária recuperaram totalmente” das perturbações causadas pela pandemia, informou o fundo, destacando, no entanto, que o mundo enfrenta “crises como as alterações climáticas, os conflitos e a instabilidade política, a erosão dos direitos humanos e ataques à igualdade de género, resistência antimicrobiana e crescentes problemas económicos e de dívida.”
A luta contra a malária registou progressos significativos, especialmente com a chegada de doses de vacinas este ano, mas esta é a doença mais afectada pelo aquecimento global entre as três que o Fundo Global combate prioritariamente.
Mais mosquitos
No ano passado, o Fundo Global tratou 171 milhões de casos de malária, mas o aumento das temperaturas e as graves inundações permitem que os mosquitos cheguem a regiões anteriormente muito frias ou muito secas e se reproduzam.
A malária mata mais de 600 mil pessoas por ano, 95% delas em África, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Os conflitos que afectam áreas onde a doença é endémica dificultam a luta contra a doença, observou o director executivo do Fundo, Peter Sands.
Soma-se a este problema a resistência a determinados inseticidas e tratamentos e a redução das quantidades disponíveis per capita para combater a doença.
Estigma e custo
No que diz respeito ao VIH, o Fundo permitiu que 25 milhões de pessoas tivessem acesso ao tratamento antirretroviral, realizou quase 54 milhões de testes de rastreio e prestou serviços de prevenção do vírus a quase 18 milhões de pessoas.
Apesar de o custo do tratamento ter diminuído drasticamente, Sands destacou que “a luta contra a doença é tanto uma luta pela justiça e igualdade como é uma luta biomédica”, e denunciou o estigma e a repressão que muitas vezes enfrentam aqueles que têm o vírus da SIDA.
O Fundo Global também observou que um número recorde de pessoas foi identificado e tratado de tuberculose em 2023 com a sua assistência, graças principalmente aos avanços na inteligência artificial e na imagem digital.
Mais de 7,1 milhões de pessoas com tuberculose receberam tratamento, 121 mil foram tratadas para tuberculose resistente a medicamentos e 2 milhões de pessoas expostas à doença receberam tratamento preventivo. A organização destacou, no entanto, que “a tuberculose resistente representa uma ameaça crescente”.
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