Criadora do ChatGPT quer levar inteligência artificial às escolas

A OpenAI anunciou novos esforços para levar seus produtos, incluindo ChatGPT, a mais escolas e salas de aula.

A empresa contratou Leah Belsky, ex-executiva da plataforma de aprendizagem online Coursera, para ser sua primeira gerente geral de educação.

Belsky, que anteriormente foi diretor de receitas da Coursera, será responsável por aumentar o envolvimento da OpenAI com instrutores e alunos em todos os níveis de ensino – do ensino fundamental ao ensino médio ao ensino superior e educação continuada, disse a empresa na quarta-feira.

Belsky também trabalhará com as equipes de produto, política, marketing e outras equipes da startup para fazer parceria e compartilhar feedback da academia.

Depois que a OpenAI lançou o ChatGPT no final de 2022, o chatbot rapidamente se tornou popular entre os estudantes – tanto que o produto teve um aumento sazonal no uso no início do ano letivo no outono passado.

Alguns professores tentaram reprimir o uso de IA nas salas de aula devido à preocupação de que os alunos estivessem usando a ferramenta para colar nas tarefas.

Mas outros educadores aceitaram que a IA veio para ficar e começaram a incorporar a tecnologia nos seus planos de aula e investigação.

A OpenAI tem trabalhado no desenvolvimento de parcerias com a academia, juntamente com um impulso mais amplo de receitas. Em maio, a startup lançou uma versão do seu chatbot chamada ChatGPT Edu, com controles mais personalizados e preços especiais para instituições de ensino.

A Universidade de Oxford, a Universidade Estadual do Arizona e a Universidade de Columbia estão entre as escolas que atualmente assinam o produto.

“Leah acelerará nosso trabalho com instituições acadêmicas líderes para garantir que pessoas de todas as disciplinas e setores tenham o treinamento necessário para maximizar os benefícios da IA”, disse Brad Lightcap, diretor de operações da OpenAI, em comunicado à Bloomberg.

Para ajudar nestes esforços, a OpenAI disse que realizará uma reunião em Outubro com presidentes e reitores das principais instituições de ensino superior para discutir como adoptar a IA de forma eficaz e responsável no ambiente universitário, incluindo para o ensino e o avanço da investigação académica.

Os modelos OpenAI estão se tornando ferramentas cada vez mais poderosas para pesquisa. A empresa disse que seu modelo mais recente possui capacidades avançadas de raciocínio e tem desempenho semelhante ao de estudantes de doutorado em certos testes de referência em física, química e biologia.