Cristiane de Almeida Coutinho, mãe de Matheus Coutinho Xavier, executado por engano no lugar do pai em 2019, esteve presente na plateia do terceiro e último dia do 2º julgamento da Operação Omertà. A morte do estudante de Direito desencadeou diversas fases da operação, incluindo o assassinato de Marcel Colombo, julgado nesta quarta-feira (18).
Jamil Name Filho e Marcelo Rios estão sendo julgados pela morte de Colombo e já compareceram ao júri pela morte de Matheus Coutinho. Ambos foram condenados a 23 anos de prisão, enquanto Vladenilson Olmedo foi condenado a 21 anos de prisão em julho do ano passado pela execução do estudante.
Ainda tentando se reerguer após o julgamento pela morte do próprio filho, Cristiane compareceu ao julgamento que poderá condenar definitivamente a organização criminosa que o assassinou.
Durante o intervalo no Tribunal do Júri, Cristiane disse que compareceu ao julgamento para se solidarizar com a família de Marcel Colombo.
“Não os conheço, nunca tive um relacionamento, mas resolvi aparecer para demonstrar minha solidariedade. [família] que estão sofrendo agora”, disse ele.
Cristiane, que permaneceu na plateia após a entrevista com Correio Estadualdemonstrou empatia durante o julgamento, lembrando que, em junho do ano passado, foi ela quem encerrou a jornada de jurada como subprocuradora, no Ministério Público do Estado (MPE), para garantir a condenação dos acusados de executar Matheus.
“Imagino realmente o quão difícil deve ser para eles, inclusive para o próprio júri, o que deve ser extremamente doloroso, porque estava desse lado e é difícil para todos”, relatou.
Questionada se acredita na condenação, Cristiane disse não ter acesso aos relatórios, mas acredita que os suspeitos da morte de Marcel Colombo serão condenados.
“Acredito na condenação, especialmente porque há muitas provas”, disse ele.
3º dia de teste
No último dia de julgamento, os advogados de defesa de Jamil Name Filho, Pedro Paulo Sperb e Nefi Cordeiro, alegaram que Marcel Colombo sempre resolvia seus problemas com muita violência.
Eles relataram e apresentaram provas de que a Mansão Playboy era administrada por pessoas envolvidas no tráfico de drogas.
“Ele estava andando [pelas ruas] com soco inglês e pessoas violentamente acusadas, mas a polícia não deu ouvidos a ninguém. [Eu mesmo] Tive acesso a vários boletins de ocorrência dessas vítimas que sofreram lesões corporais por parte do Colombo, e o delegado não chamou ninguém para conversar ou investigar. Eles começaram as investigações com evidências baseadas na internet”, relatou.
Segundo o advogado Pedro Paulo, Colombo não se ofendeu em casa e foi extremamente violento. As investigações incluíram evidências que poderiam levar a outros suspeitos.
“Segundo a polícia, Marcel Colombo contraiu uma dívida milionária com traficantes de drogas e não teria condições de pagá-la, o que irritou os criminosos e culminou na morte do empresário. [Jamil Name] foi preso pela Polícia Federal porque o delegado de investigação os contatou e disse que não havia provas relevantes para prosseguir com a investigação”.
Questionado, Jamilzinho negou ter matado Colombo.
Júri
O julgamento de Jamil Name Filho e outros acusados de envolvimento no assassinato de Marcel Hernandes Colombo, morto em um bar localizado na Avenida Fernando Correa da Costa, em 2018, começou nesta segunda-feira (16).
Ele e outros dois amigos estavam sentados à mesa da cachaçaria, quando, por volta da meia-noite, um suspeito chegou ao local em uma motocicleta, estacionada atrás do carro da vítima e, ainda de capacete, se aproximou por trás e atirou.
A vítima morreu no local e um jovem de 18 anos foi atingido no joelho.
A motivação do crime, segundo o processo, seria vingança por um desentendimento anterior entre a vítima e Jamilzinho em uma boate, em Campo Grande, quando Marcel deu um soco no nariz de Nome Filho. Ele já prestou depoimento, por videoconferência, pois está preso em Mossoró (RN) e confirmou o desentendimento, mas negou participação no crime.
José Moreira Freires, Marcelo Rios e o policial federal Everaldo Monteiro de Assis foram acusados de serem intermediários, encarregados de colher informações sobre a vítima, e Juanil Miranda era o executor.
O ex-guarda Rafael Antunes Vieira não teve participação no homicídio, mas foi o responsável por esconder a arma utilizada no crime.
(*Judson Marinho e Glaucea Vaccari colaboraram)
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