Dados da Justiça Eleitoral revelam que, até o momento, os campeões de gastos são Beto Pereira e Rose Modesto
A 19 dias do primeiro turno das eleições municipais, os oito candidatos a prefeito de Campo Grande já gastaram até ontem R$ 16,7 milhões na campanha, cifra milionária responsável por movimentar a máquina eleitoral deste ano.
O Correio do Estado chegou a esse valor consultando dados abertos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que também revelou que os campeões de gastos são o deputado federal Beto Pereira (PSDB), com R$ 7.285.562,52, a ex-deputada federal Rose Modesto (União Brasil) , com R$ 5.440.902,60, a atual prefeita Adriane Lopes (PP), com R$ 2.600.007,88, e a deputada federal Camila Jara (PT), com R$ 1.261.555,49.
Logo em seguida aparecem o advogado Beto Figueiró (Novo), com R$ 77.225,00, e o cientista político Luso Queiroz (Psol), com R$ 30.600,00. Os candidatos Ubirajara Martins (DC) e Jorge Batista (PCO) ainda não realizaram nenhum tipo de despesa.
Ainda segundo o levantamento feito pela reportagem, o que mais tem tirado dinheiro dos candidatos é a produção de programas ou vídeos de rádio e televisão para serem veiculados no horário eleitoral gratuito e nas redes sociais dos candidatos.
Aparecem depois as despesas com pessoal, serviços jurídicos, aluguer de bens móveis (excluindo veículos automóveis), aluguer de veículos, serviços de contabilidade, impressão, investigação eleitoral, entre outros.
DISCRIMINAÇÃO
No caso do candidato Beto Pereira, a maior parte dos R$ 7.285.562,52 foi gasta com produção de programas de rádio e televisão ou vídeo (R$ 3.087.581,63), seguida de serviços jurídicos (R$ 1.200 mil), aluguel/cessão de bens móveis, exceto veículos (R$ R$ 490,8 mil) e publicidade para materiais impressos (R$ 402 mil).
Em seguida estão serviços de contabilidade (R$ 370 mil), despesas com pessoal (R$ 352.514), atividades de ativismo e mobilização de rua (R$ 333.350), adesivos publicitários (R$ 316.905) e despesas promocionais com conteúdo (R$ 266.073,10), enquetes ou provas eleitorais (R$ 150 mil) e transferência ou aluguel de veículos (R$ 127.620,98).
A candidata Rose Modesto também utilizou a maior parte dos R$ 5.440.902,60 para produzir programas de rádio, televisão ou vídeo (R$ 1.465 mil). Em seguida vêm as despesas de pessoal (R$ 1.021.437,84), despesas diversas a especificar (R$ 995.832), serviços jurídicos (R$ 495 mil), transferência ou aluguel de veículos (R$ 455.396,00) e aluguel/cessão de bens móveis, exceto veículos (R$ 336.780,00).
Logo em seguida aparecem gastos com promoção de conteúdo (R$ 203 mil), publicidade por meio de adesivos (R$ 123,9 mil), serviços de contabilidade (R$ 120 mil), pesquisas ou provas eleitorais (R$ 95.875), publicidade por meio de impressos (R$ 82.193). . ), combustíveis e lubrificantes (R$ 19.274,46) e serviços prestados por terceiros (R$ 12.285).
Diferentemente dos demais candidatos, a prefeita Adriane Lopes utilizou a maior parte dos R$ 2.600.007,88 em despesas com pessoal (R$ 1.021.920). Depois, há despesas com serviços jurídicos (R$ 650 mil), serviços prestados por terceiros (R$ 500 mil), publicidade via adesivos (R$ 95.650), despesas com promoção de conteúdo (R$ 91.610), serviços de contabilidade (R$ 80 mil) e publicidade em materiais impressos (R$ 54.380).
OUTROS CANDIDATOS
A petista Camila Jara utilizou a maior parte de R$ 1.261.555,49 para produção de programas de rádio, televisão ou vídeo (R$ 501.696), serviços jurídicos (R$ 335 mil), despesas de pessoal (R$ 141.450), serviços de contabilidade (R$ 120 mil), despesas de promoção de conteúdo (R$ 61 mil), despesas diversas a especificar (R$ 57.899), publicidade via adesivos (R$ 17 mil), baixa de bens estimáveis – recursos de pessoas físicas
(R$ 13,5 mil) e produção de jingles, vinhetas e slogans (R$ 12 mil).
O candidato Beto Figueiró utilizou os escassos recursos de R$ 77.225 para materiais de escritório (R$ 23.100), publicidade por meio de impressos (R$ 17.885), despesas com divulgação de conteúdo (R$ 17.510), publicidade por meio de adesivos (R$ 5.240), produção de jingles, vinhetas e slogans (R$ 5 mil), serviços de terceiros (R$ 3.290), produção de programas de rádio, televisão ou vídeo (R$ 3 mil) e despesas com pessoal
(R$ 2.000).
Na situação do candidato Luso Queiroz, ele teve que fazer mágica para faturar os R$ 30.600,00, destinando quase todo esse valor à produção de programas de rádio, televisão ou vídeo (R$ 30.000,00) e o restante à publicidade de impressos (R$ 30.000,00). $ 600,00).
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