O Projeto de Lei do Aborto, projeto que equipara o aborto após a 22ª semana de gestação ao crime de homicídio, aprovado em votação rápida na última quarta-feira (12), na Câmara dos Deputados, tem gerado debate nas redes sociais. Ó NDMais reuniu os argumentos de quem defende e de quem é contra o projeto.
O projeto prevê a igualdade de penas aplicadas aos crimes de homicídio simples e aborto nos casos de gravidez superior a 22 semanas. Segundo o Código Penal, para homicídio simples a pena é de 6 a 20 anos de reclusão.
Dessa forma, até 22 semanas, as penas atuais são mantidas. Mas, acima deste limite, existe igualdade.
No que diz respeito à interrupção da gravidez em casos de anencefalia fetal ou de risco à saúde da gestante, mantém-se o que atualmente está previsto no Código Penal.
O que argumentam aqueles que são contra a lei do aborto
Érika Hilton (Psol/RJ)
Nas redes sociais, o deputado federal lembrou que, se a Lei do Aborto for aprovada, a pena para a vítima de estupro que aborta será maior que a do estuprador.
“Esse projeto equipara o aborto ao homicídio, inclusive nos casos permitidos por lei: estupro, risco de vida da gestante e anencefalia, se for realizado após a 22ª semana. Isto significa que as crianças violadas são forçadas a ter filhos com aqueles que as violaram. E que mulheres, meninas e grávidas que abortam são acusadas de um crime com pena maior do que o próprio estupro.”
“O objetivo é simplesmente destruir os direitos e o futuro das pessoas que estão grávidas. E dar aos estupradores o direito aos seus corpos e às suas vidas”, acrescentou.
Janja Lula (primeira-dama)
Nas redes sociais, a primeira-dama criticou a Lei do Aborto e relembrou estatísticas de estupro no Brasil.
“É preocupante para nós, como sociedade, que esse projeto tramite sem a devida discussão nas comissões temáticas da Câmara. Os proponentes do PL parecem desconhecer as batalhas que mulheres, meninas e suas famílias enfrentam para exercer o seu direito ao aborto legal e seguro no Brasil. Isto ataca a dignidade das mulheres e das meninas, garantida pela Constituição Cidadã. É um absurdo e tira nossos direitos.
“A cada 8 minutos uma mulher é estuprada no Brasil. O Congresso poderia e deveria trabalhar para garantir condições e agilidade no acesso ao aborto legal e seguro pelo SUS. Não podemos revitimizar e criminalizar estas mulheres e raparigas, protegidas pela lei. Precisamos protegê-los e recebê-los.”
Tabata Amaral (PSB-SP)
Nas redes sociais, a deputada federal afirmou que, apesar de não ser a favor do aborto, é contra o projeto.
“Começando pelo básico: toda mulher, toda criança vítima de estupro passa por isso contra sua vontade. Ninguém escolhe viver algo assim. Pessoalmente, sou contra a legalização do aborto e sou a favor de que a lei permaneça como está. Acredito que qualquer projeto sobre esse assunto precisa buscar resolver as causas da violência e os motivos dos atrasos no atendimento às vítimas.”
“Não podemos perder de vista que 3 em cada 4 vítimas de estupro no Brasil são crianças. Demora para essas meninas entenderem o que aconteceu, falarem, descobrirem que estão grávidas, procurarem ajuda. Quando procuram, muitas vezes não encontram. Apenas 3% das cidades brasileiras oferecem atendimento. São meninas que ficaram traumatizadas desde sempre, que sofrem ainda mais para ter acesso aos cuidados a que têm direito.”
O que pensam aqueles que defendem a Lei do Aborto?
Júlia Zanatta (PL-SC)
Em entrevista com Notícias NDa deputada federal Júlia Zanatta (PL-SC) defendeu o Projeto de Lei do Aborto, do qual é coautora.
“Mulheres abusadas sexualmente, vítimas de estupro, poderão continuar realizando o aborto legal previsto no Código Penal. Ela vai conseguir, mas terá um limite gestacional para fazer isso, que é de 22 semanas, cinco meses de gravidez. Temos certeza de que, quando isso for colocado em pauta, venceremos de forma esmagadora, que a maioria dos deputados aqui são a favor da vida”, pontuou.
Carol de Toni (PL-SC)
O deputado federal, que também é coautor do Projeto de Lei do Aborto, afirmou que, apesar da mulher ser vítima, o crime de homicídio é mais grave que o de estupro.
“Se a mãe eventualmente não quiser um filho e não for obrigada a isso, mas o filho a partir da 22ª semana for um feto viável, então espere a gravidez completa e doe esse filho, porque são inúmeras as famílias que quer adotar uma criança e quem poderia acolher essa criança agora admitindo um ato cruel de matar alguém, temos que colocar isso na balança”, disse.
Nikolas Ferreira (PL-MG)
Em vídeo publicado nas redes sociais, o deputado federal esclareceu o que pensa sobre o Projeto de Lei do Aborto.
“Deveria ser considerado homicídio, afinal você tem vários casos de bebês nascidos prematuros, ou seja, com 22 semanas. Isso não é ‘acho que é a vida ou não’, é a vida.”
“Uma mulher que é estuprada tem o direito constitucional ao aborto. Isso não vai mudar, mas se isso ultrapassar as 22 semanas, a intenção do projeto é que isso se transforme de fato em homicídio”, acrescentou.
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