Estimativas para progresso econômico sobem de 2,5% para 3,2%, enquanto para IPCA salta para 4,25%, ante 3,9%
A Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda elevou a projeção de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) de 2024 de 2,5% para 3,2% e também revisou para cima a projeção de inflação para este ano – um salto de 3,9% para 4,25%.
Para 2025, a projeção de crescimento econômico caiu de 2,6% para 2,5%, e a previsão de inflação foi revisada de 3,3% para 3,4%. As estimativas constam do boletim macrofiscal divulgado nesta sexta-feira (13).
Com a alta do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), a projeção se aproxima do teto da meta perseguida pelo Banco Central (4,5%). O centro da meta é de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.
Segundo o relatório da SPE, a maior estimativa para a inflação leva em consideração os impactos do câmbio mais depreciado, o cenário de bandeira amarela para as tarifas de energia elétrica no final do ano e o reajuste do piso mínimo para os preços dos cigarros.
Ao apresentar os dados, o secretário de Política Económica, Guilherme Mello, destacou o impacto negativo das alterações climáticas nos preços dos alimentos.
“Esses extremos climáticos afetaram todos os países, o Brasil em particular, com a seca recente, além das enchentes no Rio Grande do Sul, e isso tem impactos econômicos, impactos nos preços, em especial, de alguns alimentos que sofreram com esses acontecimentos”, disse ele.
“É por isso que a tendência de queda da inflação no Brasil continua em um ritmo mais lento do que poderia ter sido se não tivesse havido esse tipo de pressão”, acrescentou.
Segundo o texto, a expectativa do Tesouro é que a inflação volte a cair nos 12 meses após outubro, e o cenário inclui retorno à bandeira amarela nas tarifas de energia apenas em dezembro.
“A desaceleração dos preços era esperada a partir de agosto, porém a mudança para bandeira vermelha 1 nas tarifas de energia em setembro, devido ao elevado percentual de acionamento do parque elétrico nacional, alterou a trajetória prevista para a inflação até o final do ano” , diz o relatório.
O Tesouro espera que o regime hídrico brasileiro se normalize nos próximos meses. “Nossa expectativa é que as chuvas voltem a partir de outubro, novembro. Se isso acontecer, o impacto será bastante reduzido. Se essa seca persistir por muitos mais meses, teremos que reavaliar nosso cenário”, afirmou Mello.
Os números estimados pelo Ministério das Finanças são importantes porque orientarão o próximo relatório bimestral de avaliação das receitas e despesas do Orçamento.
Variáveis como a inflação e o crescimento econômico interferem diretamente na arrecadação tributária da União. Quanto maior o aumento do PIB, maior é a arrecadação das empresas e, consequentemente, mais impostos e contribuições são arrecadados.
Na última quarta-feira (11), o ministro Fernando Haddad (Finanças) antecipou que a estimativa da equipe econômica para o crescimento do PIB deverá ficar acima de 3% dada a força demonstrada pela economia brasileira nos últimos indicadores.
A projeção mais otimista veio depois que dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostraram que a atividade econômica cresceu 1,4% no segundo trimestre deste ano no Brasil, em comparação aos primeiros três meses de 2024.
As projeções para o PIB deste ano estão em patamar superior aos números registrados em 2023 (2,9%) e 2022 (3%). O resultado de abril a junho ocorreu num contexto de aquecimento do mercado de trabalho e de transferências governamentais.
Segundo Mello, há um crescimento generalizado da atividade econômica neste ano. “Não é só o impulso fiscal que movimenta a economia, o mercado de crédito, por exemplo, cresce em ritmo muito forte, mesmo com taxas de juros ainda bastante restritivas, e o volume de investimentos também tem crescido”, afirmou.
A expectativa do Tesouro é que o PIB da indústria cresça 3,5% e o PIB dos serviços 3,3%. No último boletim, divulgado em julho, essas estimativas eram de 2,6% e 2,8%, respectivamente. Para a atividade agrícola, a queda esperada é de 1,9%, ante queda de 2,5% no relatório anterior.
Segundo o relatório, a equipe econômica espera uma desaceleração moderada no ritmo da atividade, para 0,6% na margem, para o terceiro trimestre de 2024. “O menor ritmo de crescimento na comparação trimestral está relacionado principalmente à forte expansão de atividade no segundo trimestre”, diz o texto.
Para 2025, Mello diz que há motivos para apostar num crescimento “ainda robusto”. “Tende a ter um impulso fiscal menor, mas, ao mesmo tempo, tem outros impulsionadores que creio que poderão impulsionar o crescimento no próximo ano.”
*Informações da Folhapress
empréstimo consignado para servidor público municipal
emprestimo para bpc ja esta liberado
simulação de empréstimo no bradesco
empréstimos itau simulador
melhores bancos emprestimo
quitar emprestimo caixa
taxa de juros do emprestimo consignado banco do brasil