O papel dos governos locais como líderes econômicos e políticos mundiais será discutido no encontro de dois dias, que começa nesta segunda-feira (17), no Instituto Tomie Ohtake, na capital paulista. Será o primeiro Urban20 (U20), grupo que concentra cidades do G20 formado pelas principais economias do mundo e copresidido pelos municípios do Rio de Janeiro e de São Paulo. Estarão presentes autoridades de 38 municípios e um dos principais temas será o combate ao aquecimento global.
“O encontro procura promover a diplomacia urbana, discutir as prioridades estabelecidas pela presidência do G20 numa perspectiva urbana. Planejar ações e incentivar novos negócios e a cooperação internacional entre os municípios sub-20”, informou a prefeitura do Rio em nota.
Para o prefeito do Rio, Eduardo Paes, as ações de combate às mudanças climáticas estão nas cidades, que são os motores do crescimento econômico e representam mais de 80% do PIB global. Paes acrescentou que é preciso garantir financiamento aos municípios.
“São necessários mecanismos, no âmbito da governação global, que garantam o acesso ao financiamento internacional para as cidades. Os municípios dos países em desenvolvimento têm potencial para atrair cerca de 30 mil milhões de dólares em investimentos relacionados com o clima até 2030. O G20 é uma oportunidade única para mostrarmos aos maiores líderes mundiais a importância da reforma financeira global”, afirmou o autarca, em comunicado. divulgado pela prefeitura.
Na visão do chefe do Executivo da prefeitura de São Paulo, Ricardo Nunes, o Summit é o principal evento do Sub-20. “Uma grande oportunidade para debater ideias e desenvolver políticas públicas comprometidas com o desenvolvimento urbano sustentável”, indicou ainda na nota.
Nunes também deu as boas-vindas aos participantes: “A cidade de São Paulo tem a honra de sediar um encontro tão importante e, em nossa tradição de receber, deseja a todos uma excelente participação e experiência”.
Segundo o coordenador de Relações Internacionais da capital fluminense, Antônio Mariano, a copresidência com São Paulo é fundamental e demonstra a prioridade da capital fluminense em reforçar o desenvolvimento urbano sustentável e a resiliência nas cidades do Brasil e ao redor do mundo.
“Estas são duas das maiores cidades do Sul Global que realizam um debate de alto nível com outros presidentes de câmara do G20, prontas para reverter a actual situação de desigualdade global e mitigar os impactos ambientais e sociais das alterações climáticas. Este esforço conjunto visa produzir um entendimento comum internacional sobre a importância das políticas públicas urbanas, de encontrar soluções sustentáveis inovadoras e meios de implementá-las, construindo um futuro mais justo e equitativo para todos”, apontou.
A segunda reunião do Sub-20 está marcada para novembro, no Rio, e, pela primeira vez, acontecerá às vésperas da reunião de chefes de estado e de governo do G20. “Como a estrutura local lida mais diretamente com as crises, desde a desigualdade econômica até as catástrofes climáticas, a realização da reunião de prefeitos às vésperas da cúpula do G20 pode promover influência relevante nas discussões entre chefes de estado sobre governança global e entre diferentes níveis da administração pública ”, informa a prefeitura do Rio.
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