Por Fabrício de Castro
SÃO PAULO (Reuters) – A moeda fechou sexta-feira em queda firme frente ao real, voltando para abaixo de 5,60 reais, com preços acompanhando a forte queda da moeda norte-americana também no exterior, em meio a apostas de que o Federal Reserve poderá aplicar uma taxa de juros maior corte na próxima semana.
O dólar à vista fechou em queda de 0,89%, cotado a 5,5675 reais. Na semana, a moeda acumulou queda de 0,39%.
Às 17h04, o contrato de primeiro vencimento caía 1,12%, a 5,5740 reais na venda.
A moeda norte-americana cedeu frente ao real durante praticamente todo o pregão, em meio ao forte recuo do dólar frente às demais moedas do exterior.
A medida esteve em linha com a queda dos rendimentos do Tesouro, com os investidores a apostarem que a Fed poderia reduzir as taxas de juro em 50 pontos base na próxima quarta-feira, em vez de apenas 25 pontos base.
As mudanças nas apostas foram motivadas por comentários do antigo presidente da Fed de Nova Iorque, Bill Dudley, argumentando que há fortes argumentos para um corte de 50 pontos, uma vez que as taxas de juro dos EUA estão actualmente 150 a 200 pontos acima da chamada taxa neutra para a economia.
Além disso, o Wall Street Journal e o Financial Times publicaram artigos indicando que a decisão da Fed na próxima semana é mais incerta do que os mercados projectaram.
“Hoje, a razão pela qual o dólar está a enfraquecer é o aumento das probabilidades de o Fed cortar 50 pontos base. O mercado estava precificando 25, mas a inflação está esfriando”, pontuou Guilherme Suzuki, sócio da Astra Capital.
“Tudo indica que o Fed pode, sim, cortar 50 pontos, e isso se reflete no Brasil, porque a nossa curva (de juros) precifica três aumentos (na Selic) até o final do ano”, acrescentou.
Na verdade, a curva de juros brasileira continuou precificando nesta sexta-feira um aumento de 25 pontos base na Selic na próxima semana, para 10,75% ao ano. Com a possibilidade de o Fed reduzir suas taxas de juros em 50 pontos, para a faixa de 4,75% a 5,00%, o diferencial a favor do Brasil se tornaria ainda maior, tornando o país ainda mais atraente para o capital internacional.
Em reação, após atingir cotação máxima de 5,6272 reais (+0,17%) às 9h, na abertura dos negócios, o dólar à vista caiu para mínima de 5,5450 reais (-1,29%) às 11h57.
“Considerando o evento isoladamente, o dólar pode entrar em trajetória de queda caso o Fed corte 50 pontos, devido ao aumento do diferencial de juros, o que torna mais atrativo investir no Brasil”, destacou Suzuki.
Segundo ele, porém, outros fatores podem influenciar os preços e apoiar o dólar frente ao real nos próximos meses, como temores em torno do orçamento do governo brasileiro para 2025 e conflitos no Oriente Médio e entre Rússia e Ucrânia, além de preocupações com a uma recessão nos países centrais.
No final da tarde, com o Fed em foco, o dólar continuou em queda frente a quase todas as demais moedas do exterior. Às 17h18, o índice – que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis moedas fortes – caía 0,05%, para 101,110.
Pela manhã, o Banco Central vendeu todos os 12 mil contratos de swap cambial tradicional oferecidos em leilão para rolagem do vencimento em 1º de novembro de 2024.
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