O Ministério da Fazenda revisou a projeção para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2024 e 2025.
De acordo com a nova grade de parâmetros macroeconômicos da Secretaria de Políticas Econômicas (SPE), divulgada nesta sexta-feira, 13, a estimativa neste ano passou de 3,90% para 4,25% – acima da previsão anterior, mas ainda dentro da faixa de tolerância da meta estipulada para 2024, que é de 3,00%, com variação de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.
Para 2025, a projeção do IPCA passou de 3,30% para 3,40%. O último boletim macrofiscal da SPE havia sido divulgado em julho de 2024.
No documento, a SPE defende que, até o final do ano, deverá haver queda da inflação monitorada, parcialmente compensada pelo aumento da inflação livre.
A nova estimativa para o IPCA de 2024 já leva em conta os impactos de um câmbio mais depreciado sobre os preços; o cenário de bandeira amarela para as tarifas de electricidade no final do ano; e o reajuste do piso mínimo do preço dos cigarros.
Para a média das cinco principais métricas principais, a previsão foi revisada de 3,70% para 4%. A expectativa do Tesouro é que a inflação volte a cair nos doze meses seguintes a outubro.
A desaceleração dos preços era esperada a partir de agosto, porém a mudança para bandeira vermelha 1 nas tarifas de energia em setembro, devido ao elevado percentual de acionamento do parque elétrico nacional, alterou a trajetória prevista para a inflação até o final do ano, escreveu ESP.
O cenário para a inflação prevê retorno à bandeira amarela apenas em dezembro. Também já está ajustado pelos efeitos da zeragem das contas “covid” e “desabastecimento múltiplo” devido ao adiantamento de recursos da Eletrobras à CDE.
No caso de 2025, a previsão de inflação medida pelo IPCA foi revisada para incorporar maiores efeitos inerciais, contrabalançados por alterações no cenário esperado para as tarifas de energia elétrica e pelo nível mais contracionista esperado para a política monetária em 2024 e 2025.
Para os próximos anos, a expectativa é que a inflação convirja para a meta de 3,00%, destacou o Tesouro. “As projeções até o horizonte relevante da política monetária mostram convergência da inflação para patamar próximo de 3,00%.
A redução das incertezas relacionadas à condução da política monetária, aliada à melhora nas projeções do mercado para o quadro fiscal em 2024 e 2025, deverá contribuir para ancorar as expectativas nos próximos meses, ajudando a devolver a inflação ao centro da meta”, disse a SPE.
O Ministério da Fazenda também revisou a projeção do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) – utilizado para corrigir o salário mínimo. Pela nova grade de parâmetros macroeconômicos do departamento, a estimativa para o indicador neste ano passou de 3,65% para 4,10%. Para 2025, a projeção passou de 3,15% para 3,20%.
A estimativa do Tesouro para o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) em 2024 foi revisada de 3,60% para 3,80% e ajustada de 4% para 3,80% em 2025.
Para a projeção deste ano, a SPE observou que, de junho para agosto, a variação acumulada em doze meses do índice aumentou de 2,88% para 4,23%, refletindo com maior intensidade a aceleração dos preços no atacado, de 2,51% para 4,11%.
Este aumento está relacionado sobretudo com o aumento da inflação na indústria transformadora, escreveu a SPE, com destaque para os derivados de petróleo e produtos químicos, além de refletir o afastamento das deflações observadas no ano anterior da base de cálculo.
“Até o final do ano, a expectativa é que a inflação medida pelo IGP-DI volte a desacelerar, refletindo as menores variações projetadas para os preços no atacado a partir de setembro. A recente queda nos preços do petróleo deve ajudar nesse sentido”, disse. .
No último relatório Focus, analistas de mercado consultados pelo Banco Central projetavam IPCA de 4,30% em 2024 e de 3,92% no próximo ano.
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