O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou, nesta quarta-feira, uma nova lei que incentiva a produção nacional de semicondutores.
Serão destinados R$ 7 bilhões por ano, totalizando R$ 21 bilhões até 2026, para estimular investimentos em pesquisa e inovação nas cadeias de chips e eletrônicos, com aplicações voltadas para painéis solares, smartphones, computadores pessoais e outros dispositivos diretamente associados ao chamada indústria 4.0.
A nova legislação cria o programa Brasil Semicon, aprimora o Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores (Padis) e amplia a Lei de Informática. Estão previstos incentivos adicionais para produtos desenvolvidos com tecnologia nacional e créditos percentuais maiores para as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
Durante a cerimônia, a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) anunciou a abertura de linhas de crédito no valor de R$ 4,5 bilhões.
Esse instrumento está inserido nos recursos que a Finep, o BNDES e a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) já oferecem e contratam no âmbito do Plano Mais Produção, desde o ano passado.
Também foram lançadas medidas para auxiliar a indústria brasileira a ingressar nas cadeias globais de tecnologia de ponta, com a definição de metas, prioridades e investimentos para a chamada Missão 4 da política industrial.
A ideia é impulsionar a revolução digital no país, aumentando a competitividade das empresas nacionais e gerando empregos mais qualificados e de maior renda.
Estão previstos R$ 186,6 bilhões para esse fim, incluindo recursos públicos e privados. Do total, R$ 42,2 bilhões já foram destinados pelo setor público e outros R$ 58,7 bilhões serão destinados a partir de agora.
Por parte do setor produtivo, os investimentos a serem anunciados hoje somam R$ 85,7 bilhões.
A Missão 4 tem como desafio fortalecer cadeias produtivas de semicondutores, robôs industriais e produtos e serviços avançados.
Os primeiros investimentos serão direcionados para a fabricação de chips, fibras ópticas e robôs, instalação de data centers e computação em nuvem, otimização de processos industriais, telecomunicações, eletromobilidade, desenvolvimento de software e implementação de redes de infraestrutura, entre outras áreas.
O objetivo da Missão 4 é transformar digitalmente 50% das empresas industriais brasileiras até 2033, com meta intermediária de 25% em 2026, garantindo que a participação da produção nacional triplique nos segmentos de tecnologia emergente e disruptiva.
Atualmente, o percentual de indústrias digitalizadas é de 18,9% (2023).
Para a digitalização das empresas, a meta considera o cumprimento de pelo menos três das seis tecnologias entendidas como relevantes para a transformação digital: serviços em nuvem, ERP/CRM, Big Data, robôs de atendimento, internet das coisas e inteligência artificial.
O BNDES e a Finep também anunciaram o início das operações de transformação digital de micro, pequenas e médias empresas industriais, dentro do programa Brasil Mais Produtivo.
A primeira leva de recursos é composta por R$ 160 milhões para as chamadas fábricas inteligentes e outros R$ 400 milhões para planos de digitalização, totalizando R$ 560 milhões.
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