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Depois de Nova Iorque e várias cidades da Europa, como Atenas, Lisboa e Veneza, terem adoptado medidas para aliviar o impacto negativo do excesso de turistas, o governo provincial de Bali, na Indonésia, propõe uma proibição temporária da construção de novos hotéis, villas, casas noturnas e clubes de praia para desacelerar o ritmo desenfreado de expansão territorial e superlotação na ilha, de acordo com a agência de notícias estatal da Indonésia, Antara.
A moratória duraria até dois anos e cobriria as áreas turísticas mais densamente povoadas de Bali, incluindo Canggu, Seminyak, Uluwatu e Ubud, informou Antara, citando o governador em exercício Sang Made Mahendra Jaya.
O plano foi submetido ao Ministério Coordenador dos Assuntos Marítimos e Investimentos, que respondeu positivamente à ideia, acrescentou o responsável.
De acordo com Mahendra Jaya, grandes áreas de campos de arroz em Bali foram transformadas em terrenos comerciais, muitas vezes sem as aprovações necessárias do governo provincial. As vendas não regulamentadas de álcool também pioraram o comportamento desordenado e o crime na ilha, disse ele.
Atualmente, crescem os esforços por parte de cidades de vários países para conter os efeitos do turismo de massa. No passado fim de semana, o primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis, anunciou que o governo está “muito preocupado” com o fluxo de passageiros de cruzeiros em determinados meses do ano e que vai começar a cobrar taxas, que “podem atingir os 20 euros durante a época alta”. Além disso, será aumentado um imposto sobre o alojamento relacionado com a crise climática.
A Itália, por sua vez, está a ponderar um aumento significativo das taxas cobradas aos turistas estrangeiros, com valores que poderão atingir os 25 euros por noite em hotéis de gama alta, segundo o jornal Financial Times. O objetivo é aumentar as receitas das cidades que enfrentam dificuldades financeiras e promover um turismo mais “responsável”, dado o excesso de turistas no país.
E mais: as autoridades romanas já falam em cobrar ingressos para chegar perto da Fonte de Trevi, uma das atrações mais populares da capital italiana. Por meio de sistema eletrônico, o visitante precisaria reservar um horário específico para visitar a mais famosa das mais de duas mil fontes espalhadas pela cidade.
De acordo com o projecto em discussão pelas autoridades, a entrada custaria 1€ para os visitantes e seria gratuita para os romanos. O objetivo, portanto, não seria arrecadar mais recursos, mas sim reduzir o número de pessoas no entorno do monumento.
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