Morgan Spurlock, diretor e protagonista do documentário “Super Size Me – The Clown Diet”, morreu nesta quinta-feira (23), aos 53 anos, em Nova York. A informação foi confirmada pela família do cineasta em comunicado enviado à revista Variety. Segundo familiares, Spurlock morreu em decorrência de complicações de câncer.
“Foi um dia triste quando nos despedimos do meu irmão Morgan”confessou Craig Spurlock, que trabalhou com seu irmão em uma série de projetos. “Morgan deu muito através de sua arte, suas ideias e sua generosidade. Hoje o mundo perdeu um verdadeiro gênio criativo e um homem especial. Tenho muito orgulho de ter trabalhado junto com ele”ele completou.
O diretor deixa dois filhos, Laken e Kallen, a mãe Phyllis Spurlock, o pai Ben e os irmãos Craig e Barry, bem como várias sobrinhas e sobrinhos, e ex-esposas Alexandra Jamieson e Sara Bernstein, mães de seus filhos.
Spurlock ganhou fama com o documentário indicado ao Oscar, “Super Size Me – A Dieta do Palhaço”, de 2004. A produção é responsável por mostrar a obesidade nos Estados Unidos. Para isso, o cineasta se desafiou a consumir apenas os lanches do McDonald’s durante um mês inteiro.
Seu objetivo era examinar a indústria de fast food e mostrar como ela incentivava as pessoas a comerem mal. Após o lançamento, a rede deixou de oferecer a opção de comida “tamanho gigante”, segundo a Variety. O projeto foi um sucesso de bilheteria, com receita de US$ 22 milhões (mais de R$ 113 milhões) em todo o mundo, número incomum para um documentário orçado em apenas US$ 65 milhões (mais de R$ 334 mil).
Além da dieta limitada a produtos fast food, Morgan ficou sujeito a uma série de regras ao longo do experimento. Ele, por exemplo, não poderia recusar a opção “Super Size” (comida grande), caso fosse oferecida pelos atendentes da rede. Ao final dos 30 dias, Spurlock disse que ganhou 25 quilos e sofria de depressão e disfunção hepática. Ele também teve aumentos consideráveis no colesterol e na pressão arterial.
Por seu trabalho, Morgan ganhou o prêmio de “Melhor Diretor” no Festival de Sundance e de “Melhor Roteiro de Documentário” no WGA Awards (um prêmio anual do Hollywood Screenwriters Guild). “Super Size Me”, porém, virou alvo de críticas pela falta de transparência do cineasta em relação aos detalhes de sua alimentação. Uma sequência do filme, também dirigido pelo norte-americano, foi lançada em 2017 e questionou a indústria avícola.
Depois do sucesso com “Super Size Me”, o diretor se dedicou a outros trabalhos com sua produtora Warrior Poets. No total, Spurlock produziu e dirigiu cerca de 70 documentários e séries, quase sempre sobre assuntos polêmicos, atuais e que o tiveram como protagonista.
Morgan tratou de temas como a guerra no Afeganistão, em “Where Is Osama Bin Laden?”; o salário mínimo e o trabalho imigrante, em “30 Dias”; suscetibilidade do consumidor ao marketing, com “O maior filme nunca vendido”; e a pressão das grandes empresas sobre a agricultura familiar, com “Super Size Me 2: Our Daily Chicken”.
Morgan Spurlock nasceu em 6 de novembro de 1970, na cidade de Parkersburg, Virgínia. O documentarista formou-se em cinema pela Universidade de Nova York em 1993.
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