A participação relâmpago de Pablo Marçal (PRTB) no ato bolsonarista do dia 7 de setembro resultou em mais de uma dezena de cortes em suas redes sociais, principal trunfo do ex-técnico na campanha eleitoral. Mas nem tudo foi positivo: a ida à manifestação azedou a relação do influenciador com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), com quem Marçal vinha flertando nas últimas semanas.
Mais cedo, Bolsonaro divulgou nota acusando o candidato a prefeito de São Paulo de fazer “plataforma às custas dos outros”. O ex-presidente mencionou que Marçal tentou subir no trio elétrico no final do ato, mas foi impedido por “questões óbvias”. Segundo Bolsonaro, o episódio foi o “único e lamentável incidente” da manifestação.
Ao Estadão, Marçal negou a acusação de ter usado o ato como plataforma. “Como posso estar numa plataforma se não me deixaram subir na plataforma? Fui para os braços do povo. Não fiz nenhum discurso, fui o único que foi para os braços do povo. povo”, afirmou o candidato do PRTB. Por volta das 15h30, Marçal publicou um vídeo no Instagram reiterando que foi bloqueado e declarando que está sozinho: “Deus, o povo e nada mais”.
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Bolsonaro não foi o único a se incomodar com a atitude do influenciador. O organizador do evento, pastor Silas Malafaia, acusou Marçal de tentar fazer-se passar por “vítima” e de querer “selá-lo” a qualquer custo. Malafaia também chamou o empresário e ex-técnico de “frouxo”, afirmando que ele só chegou após o término do evento por medo do ministro Alexandre de Moraes, principal alvo dos ataques bolsonaristas do 7 de Setembro.
No sábado, Marçal desembarcou de helicóptero perto da Avenida Paulista, caminhou no meio da multidão, deu autógrafos a apoiadores e, quando o evento já havia terminado, tentou subir no bonde onde Bolsonaro estava, mas acabou bloqueado. Marçal estava viajando para El Salvador e ficou em suspense sobre sua participação no ato.
Para pessoas próximas ao ex-presidente, Marçal cometeu dois erros ontem: chegou após os discursos contra Moraes, reforçando a impressão de que evitava o confronto com o principal algoz de Bolsonaro, e ignorou o conselho do ex-presidente de não politizar o ato.
Marçal publicou mais de dez vídeos sobre o 7 de Setembro nas suas redes sociais. Em uma delas, eleitores de Bolsonaro presentes no evento afirmam que votarão em Marçal para prefeito de São Paulo. Outro vídeo mostra Marçal no meio da multidão, enquanto torcedores usam bonés com seu nome. “Ele esteve muito mal ontem”, disse um aliado próximo do ex-presidente, chamando Marçal de “insincero”.
Enquanto o ex-técnico teve uma participação tumultuada no 7 de Setembro, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) saiu ileso: não enfrentou hostilidade de apoiadores de Bolsonaro e ainda posou para foto ao lado do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho de ex-presidente.
Nunes também recebeu elogios de Bolsonaro, que classificou a presença da candidata do Novo, Marina Helena, como “exemplar e respeitosa”, na mesma nota em que criticou Marçal.
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