Na data em que se comemora o Dia do Sexo, um estudo intitulado “Conexão entre depressão, frequência sexual e mortalidade por todas as causas: resultados de um estudo representativo nacionalmente”, publicado em julho deste ano, mostra que quanto menos sexo uma mulher faz, maior o seu risco de a mortalidade aumenta.
Embora os pesquisadores não tenham encontrado relação entre mortalidade e vida sexual em homens, Dr. Marcelo Bechara, clínico geral e cirurgião geral, relata que uma vida sexual desequilibrada pode ser comum – e prejudicial – para ambos os sexos.
“Ser menos ativo sexualmente envolve inúmeros fatores, desde falta de comunicação do casal, estresse e até questões hormonais, como baixa libido. Esta última é muito comum, tanto em homens quanto em mulheres, e mesmo sendo cotidiana, deve ser levada a sério, investigando a causa e seguindo o tratamento para melhorá-la”, relata Marcelo.
De acordo com o estudo publicado em Jornal de saúde psicossexualos pesquisadores também foram capazes de compreender a relação dos efeitos sexuais positivos na depressão com a saúde de ambos os sexos.
Marcelo, que atende diversos casos de disfunção sexual em sua clínica, explica porque existe uma estreita ligação entre sexo e melhora na saúde mental.
“O ato sexual libera na circulação diversos hormônios que causam bem-estar, ajudando a controlar a pressão arterial, os batimentos cardíacos e o bem-estar emocional. Ser sexualmente saudável está intimamente ligado a uma vida melhor”, afirma a especialista.
E entre o prazer e os movimentos, são os hormônios que não perdem posições de destaque no corpo. De forma equilibrada, testosterona, estradiol, ocitocina, serotonina e dopamina atuam em conjunto, principalmente. A partir disso, os neurotransmissores são capazes de estabilizar os hormônios de recompensa no corpo humano.
Os hormônios são cruciais quando se trata de sexo
Ser sexualmente saudável depende de múltiplos fatores, mas é importante ficar sempre de olho nos seus hormônios, pois a maioria das disfunções hormonais pode se manifestar como baixa libido e, em alguns casos, dificuldade de ereção, no caso dos homens.
E tanto homens como mulheres devem passar por uma avaliação clínica completa, que integra indicadores de níveis hormonais e condições gerais de saúde.
“Pensamos sempre de forma integrativa nessa problemática, pesquisamos questões que envolvem vitaminas, minerais, hormônios nos exames clínicos e incentivamos uma vida mais saudável”, revela Bechara.
Para tratar questões hormonais que afetam a libido, a terapia de reposição hormonal pode ser uma das medidas que homens e mulheres podem aproveitar. A terapia hormonal deve ser indicada pelo médico que acompanha o paciente e pode ser administrada por meio de adesivos cutâneos, gel ou injeções, aliviando os sintomas de declínio hormonal.
Para Marcelo Bechara, apesar de ser um tratamento válido, é importante reforçar outros cuidados na vida. “Se entendermos que a reposição não é necessária, incentivamos o tratamento multidisciplinar, com perda de peso para diminuir o cansaço, controlar o estresse e até recomendamos terapia de casal, quando for o caso”, revela o médico.
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