O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta 4ª feira (4 de setembro de 2024) que o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez ajustes fiscais no “lugar certo” e contribuiu para o aumento dos investimentos. Segundo ele, o equilíbrio das contas públicas será feito pela primeira vez sobre “grupos económicos” e “campeões nacionais” que não pagam impostos.
Em entrevista à GloboNews, ele afirmou que o FMI (Fundo Monetário Internacional) aumentou a taxa de crescimento potencial do país de 1,5% para 2,5%. Ele classificou o fundo internacional como “insuspeito” para fazer o cálculo.
“Depois de um ano de nosso trabalho, o FMI foi obrigado a aumentar em 1 ponto percentual a projeção do PIB potencial brasileiro. É muito”, disse ele.
Segundo o ministro, o governo tem adotado medidas econômicas que fazem com que o dinheiro vá para “o lugar certo”. Ele citou:
- Reforma tributária;
- Reforma do Imposto de Renda;
- Reforma do crédito.
Haddad declarou que as ações permitem aumentar os investimentos e não comprometem o combate à inflação. Com um crescimento acima do esperado, alguns agentes econômicos passaram a projetar aumento da taxa básica, a Selic, para controlar o aumento dos preços.
O ministro defende que o aumento do investimento equilibra a relação entre oferta e procura na economia. “Se ampliarmos a oferta, não teremos pressões inflacionárias num futuro próximo”, disse Haddad.
Para ele, o Brasil não tem motivos para crescer menos que a média mundial, que gira em torno de 3%, segundo ele.
POLÍTICA MONETÁRIA
Questionado sobre a possibilidade de aumento dos juros, Haddad disse que tem evitado comentar a política monetária do BC (Banco Central), porque o governo Lula nomeou 4 membros do Copom (Comitê de Política Monetária). Além disso, Haddad nomeou o diretor de Política Monetária do BC, Gabriel Galípolo, para substituir Roberto Campos Neto.
“Confio muito na capacidade técnica dos responsáveis pelo Banco Central. Não creio que seja elegante da minha parte dizer o que o Banco Central tem de fazer, assim como eles também respeitam a autoridade fiscal do Ministério das Finanças”, afirmou.
Haddad defendeu a harmonia entre as políticas monetária e fiscal para que o Brasil possa crescer com inflação baixa.
PIB E PRIVILÉGIOS
O Ministro das Finanças comentou o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) no 2º trimestre. Aumentou 1,4% em relação ao 1º trimestre. O resultado surpreendeu os agentes econômicos, que estimavam um número menor. O Brasil teve o 2º maior crescimento do mundo no período.
Segundo Haddad, o ajuste fiscal deveria ser, “pela primeira vez na história do Brasil”, feito sobre quem deixou de pagar impostos. Declarou que o governo “abriu a caixa negra” de que grupos “campeões nacionais” beneficiaram da isenção fiscal.
“Vamos cobrar quem não pagou. Vamos reequilibrar as contas públicas. Com isso vai voltar o consumo e depois o investimento, pelo fato natural de que quando o empresário tem para quem vender, ele amplia a produção e contrata”, disse.
Haddad disse que a política permitiu o ajuste fiscal sem prejudicar o crescimento económico. “Durante 10 anos, uma série de grupos económicos apropriaram-se do orçamento público e deixaram de pagar impostos. Houve quase 2% do PIB menos receitas devido a estes campeões nacionais que se apropriaram do orçamento. E um orçamento [era] caixa preta. Ninguém sabia que eles estavam sendo beneficiados”, declarou o ministro.
Haddad disse que o ajuste fiscal feito “em cima” dos mais pobres prejudica o consumo e reduz o investimento. “A pessoa está investindo porque tem para quem vender. O Brasil cresce com inflação baixa. Somos o 2º país que mais cresce no mundo no 2º trimestre de 2024”, declarou.
banco militar
emprestimo pessoal taxa de juros
simular empréstimo caixa
simulador empréstimos
contrato banco pan
emprestimo bpc loas representante legal