‘Ainda estou aqui’ e ‘Motel Destino’ entram na pré-lista do Brasil para Oscar 2025; confira relação

A Academia Brasileira de Cinema divulgou a lista de 12 longas-metragens elegíveis para concorrer à indicação a uma vaga na categoria Melhor Filme Internacional do Oscar 2025️.

Entre os indicados está “Ainda estou aqui”, de Walter Salles. A última vez que o Brasil concorreu à categoria Melhor Filme Internacional foi um trabalho de Salles com Fernanda Montenegro — “Central do Brasil”, em 1999.

Veja a lista completa dos concorrentes deste ano:

“A Metade de Nós”, de Flávio Botelho;

“Ainda Estou Aqui”, de Walter Salles;

“Cidade Campo”, de Juliana Rojas;

“Estômago 2 – O Poderoso Chef”, de Marcos Jorge;

“Lift Up” de Lillah Halla;

“Motel Destino”, de Karim Aïnouz;

“Ninguém Deixa Daqui Vivo”, de André Ristum;

“O Sequestro do Voo 375”, de Marcus Baldini;

“Saudade Fez Morada Aqui Dentro”, de Haroldo Borges;

“Sem Coração”, de Nara Normande e Tião;

“Vermelho Monet”, de Halder Gomes;

“Votos”, de Ângela Patrícia Reiniger.

Uma pré-lista com seis títulos será divulgada pela Comissão de Seleção no dia 16 de setembro e, no dia 23 de setembro, será divulgado o filme que representará o Brasil na categoria.

Espera-se que as listas de indicados ao Oscar sejam anunciadas em meados de dezembro, enquanto as listas finais serão reveladas em 17 de janeiro. A 97ª cerimônia do Oscar será realizada em 2 de março de 2025.

Para concorrer, os filmes brasileiros devem ter estreado nos cinemas entre 1º de novembro de 2023 e 30 de setembro de 2024, sendo exibidos por pelo menos sete dias consecutivos.

Além disso, os candidatos não podem ter sido exibidos em televisão aberta ou fechada ou em plataformas de streaming antes de seu lançamento comercial nos cinemas.

A Comissão de Seleção deste ano é presidida por Bárbara Paz e conta entre seus membros Allan Deberton (CE), Andre Pellenz (RJ), Bernardo Uzeda (RJ), Bia Oliveira (RJ), Carol Bentes (RJ), Cíntia Domit Bittar (SC) , Diogo Dahl (RJ), Edson Ferreira (ES), Eloisa Lopez-Gomez (SP), Flavio Tambellini (RJ), Gabriel Mellin (RJ), Gláucia Camargos (RJ), Ilana Brakarz (RJ), Leo M. Barros ( RJ), Lô Politi (SP), Lucy Barreto (RJ), Malu Miranda (RJ), Marcelo Serrado (RJ), Monica Trigo (SP), Plinio Profeta (RJ), Renata Martins (SP), Sandra Kogut (RJ) , Gal Buitoni (SP) e Alfredo Alves (MG).

O Brasil busca voltar a participar da categoria após 25 anos de ausência — desde a “Central do Brasil”. Na década de 1990, o cinema brasileiro também recebeu indicações com “O quatrilho”, de Fábio Barreto (1996) e “Que é isso, companheiro?”, de Bruno Barreto (1998).

De 2000 a 2023, 24 longas-metragens brasileiros tentaram ser indicados na categoria e não conseguiram. O caso mais emblemático talvez seja o de “Cidade de Deus”, que não foi indicado ao Oscar de melhor filme internacional em 2003, mas no ano seguinte, após ser lançado nos Estados Unidos, surpreendeu ao receber quatro indicações, incluindo melhor direção e melhor roteiro. adaptado.

Em 2020, o Brasil também teve “Democracia em Vertigem”, de Petra Costa, indicado na categoria Melhor Documentário.

Relembre os filmes nacionais escolhidos para representar o Brasil no Oscar:

2000: “Orfeu”

2001: “Eu, você, eles”

2002: “Abril Despedaçado”

2003: “Cidade de Deus”

2004: “Carandirú”

2005: “Olga”

2006: “2 filhos de Francisco”

2007: “Cinema, aspirinas e abutres”

2008: “O ano em que meus pais saíram de férias”

2009: “Última Parada 174”

2010: “Salve Geral”

2011: “Lula, o filho do Brasil”

2012: “Tropa de Elite 2: O inimigo agora é outra pessoa”

2013: “O Palhaço”

2014: “O som ao redor”

2015: “Hoje quero voltar sozinho”

2016: “Que horas ela volta?”

2017: “Pequeno Segredo”

2018: “Bingo: O Rei das Manhãs”

2019: “O grande circo místico”

2020: “A vida invisível”

2021: “Babenco — Alguém tem que ouvir o coração e dizer: parou”

2022: “Deserto privado”

2023: “Marte um”