Indicado pelo presidente Lula para a presidência do Banco Central, Gabriel Galípolo iniciou nesta segunda-feira o “beijo de mão” no Senado em busca de apoio antes de sua sabatina, que o governo espera que aconteça na próxima semana. O nome precisa ser aprovado pelo Senado para cargos como esse.
Galípolo trabalhou em gabinetes como os dos senadores Teresa Leitão (PT) e Oriovisto Guimarães (Podemos), que é da oposição.
Nesta terça, ele deverá manter conversas com o presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), Vanderlan Cardoso (PSD-GO), e com o líder do PSD, Otto Alencar (BA).
Pela manhã, o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou que espera que a sabatina aconteça na próxima semana.
“A partir de hoje, o presidente Lula reforçou a orientação a Jaques Wagner para acompanhar o Galípolo nas reuniões com lideranças e membros da Comissão de Assuntos Econômicos. Vamos nos concentrar em apresentar o Galípolo aos líderes e membros da Comissão”, afirmou Padilha.
A expectativa do governo é que Galípolo não tenha dificuldade de aprovação, já que passou por sabatina para assumir a direção de Política Monetária do BC.
O calendário do governo prevê que a audição de Galípolo na Comissão de Assuntos Económicos se realize na terça-feira da próxima semana, dia 10 de setembro. O governo também quer que a aprovação pelo plenário ocorra no mesmo dia.
A nomeação de Galípolo já era esperada pela proximidade com a equipe econômica. Poucos meses depois de assumir o cargo de secretário-executivo do Ministério da Fazenda no terceiro mandato do governo Lula, Galípolo deixou o cargo para integrar o conselho de administração do Banco Central, por recomendação do Tesouro.
Ele assumiu a posição de número 2 de Haddad após ingressar na equipe de transição e ser peça importante na campanha de Lula.
Galípolo acumula experiência no setor público e privado, sendo reconhecido por ser uma das figuras-chave para mediar a relação da campanha do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva com atores do mercado financeiro, nas eleições de 2022.
O diretor atuou de 2017 a 2021 como presidente do Banco Fator. É formado em Ciências Econômicas e mestre em Economia Política pela PUC de São Paulo, instituição onde também foi professor em cursos de graduação, de 2006 a 2012. Além disso, lecionou no MBA de PPP e Concessões da FESPSP (Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo).
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