Se não fossem algumas derrotas do governo no Congresso, o saldo das contas públicas teria sido deficitário zero, disse nesta sexta-feira o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Em evento na capital paulista, ele ressaltou que era “compreensível” que parte da agenda não tivesse avançado e que esse era o “preço da democracia.
— Se tivéssemos aprovado 100% do que propusemos ao Congresso no ano passado, teríamos déficit zero este ano. E sustentável. Não é déficit zero porque eu vendi a Petrobras, não. Sustentável. Receitas e despesas equilibradas — disse Haddad. — Adiamos um pouco os resultados, mas democracia é isso.
O ministro acrescentou que este foi o preço da democracia e que, apesar das derrotas, o governo saiu-se “muito bem”.
— Conseguimos dialogar com as duas casas, conseguimos aprovar uma série de medidas reparatórias. Conseguimos aprovar um quadro que limita o crescimento das despesas a 2,5% de crescimento real ao ano, […] limitamos o crescimento dos gastos.
O ministro das Finanças sublinhou que os resultados das contas públicas estão em linha com as metas deste ano.
Ele também projetou que o déficit das contas públicas cairá para menos da metade do que era no ano passado, se o Congresso aprovar a compensação pelo alívio fiscal sobre a folha de pagamento.
Nesta sexta-feira, o Banco Central anunciou que as contas públicas (incluindo governos federal, estaduais e municipais) encerraram o mês de julho com déficit de R$ 21,3 bilhões.
Segundo ele, “com pequenos ajustes”, a economia brasileira pode entrar em um ciclo de crescimento sustentável, e disse que o governo herdou um período que foi “muito mais que uma década perdida”.
Ele disse estar confiante de que a economia brasileira possa crescer perto de 3% em 2024. Oficialmente, o Ministério da Fazenda mantém estimativa de aumento de 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB) para o próximo ano.
O ministro destacou ainda o resultado positivo do IPCA-15, de agosto, que subiu 0,19% e disse que é preciso mostrar “aos setores relutantes que temos um bom caminho”.
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