O Ministro das Finanças, Fernando Haddaddisse nesta sexta-feira, 30, que o resultado primário do governo central registrado em julho, divulgado pelo Banco Central, ficou “totalmente alinhado com as metas do ano”.
O Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) mostrou anteriormente que, embora o colapso do mês passado no setor público consolidado tenha surpreendido negativamente o mercado, o resultado isolado do Governo Central que será apresentado pelo Tesouro Nacional deve chegar perto das estimativas, segundo fontes.
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), por exemplo, calcula que o déficit primário do mês passado fechou em R$ 8,5 bilhões.
A mediana indicada pela pesquisa Projeções Broadcast é primária negativa de R$ 7,135 bilhões. Pela metodologia do BC, o déficit do governo central foi de R$ 8,618 bilhões.
O BC anunciou nesta sexta-feira que o setor público consolidado – que inclui Governo Central, Estados, municípios e empresas estatais, com exceção de Petrobras e Eletrobras – teve déficit primário de R$ 21,348 bilhões em julho.
O número surpreendeu porque a mediana do mercado apontava um déficit de R$ 6,70 bilhões nessas contas, com estimativas variando entre um déficit de R$ 13,80 bilhões e um superávit de R$ 6,10 bilhões. Mas a maior surpresa veio do déficit registrado pelos governos regionais, que foi de R$ 11,038 bilhões.
Haddad comentou os dados, lembrando que, em ano eleitoral, os prefeitos adiantam seus gastos nos primeiros nove meses e depois desaceleram para cumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
Para o ministro, houve hoje uma interpretação errada dos dados, ao confundir o resultado do setor consolidado com o do governo central. Ele comentou que passou a manhã conversando com o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, para entender o que aconteceu.
“Este ano a meta é zero com faixa de 0,25%. Houve uma interpretação errada da divulgação do BC, eles pegaram todo o déficit do setor público e atribuíram ao governo federal, mas o nosso déficit anunciado está totalmente alinhado com o do ano. metas”, disse em evento em São Paulo.
Ele lembrou ainda que as projeções do Focus para o déficit deste ano eram piores no início do ano, o que, para ele, não fazia sentido, dadas as medidas que o governo conseguiu aprovar no Congresso.
“Aí você pega as projeções do Focus, era um déficit de 0,8% a 1%, como vou criar um déficit próximo do ano passado com tudo que eu aprovei? Juro, BC, e eu disse que os números não batem. Então tem uma questão que tem a ver com o mercado financeiro, o IPCA-15 do BC entrou em 0,19%, com tudo que estão falando de pressão inflacionária. O índice de desconforto, que é a soma da inflação e do desemprego, é o mais baixo da história”, disse o ministro.
Haddad comentou ainda que 1 ponto percentual do déficit de 2,1% registrado no ano passado foi resultado de problemas herdados do governo passado, como indenizações a governadores e o “default” de precatórios. “Prometi um défice de 1% no ano passado, todos disseram que era impossível”, afirmou.
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