O candidato republicano Donald Trump prometeu, nesta quinta-feira (29), que, se vencer as eleições presidenciais de novembro, fará com que o governo ou as seguradoras assumam os custos dos tratamentos de fertilização in vitro (FIV) para “todos os americanos que deles precisarem”, mas não detalhou como o programa seria financiado.
“Hoje, anuncio numa declaração importante que, sob a administração Trump, o seu governo pagará – ou a sua companhia de seguros será obrigada a cobrir – todos os custos associados ao tratamento de fertilização in vitro”, disse o magnata num comício no Michigan.
Os direitos reprodutivos têm sido uma das principais fragilidades de Trump desde que o Supremo Tribunal, com o apoio de juízes conservadores nomeados durante o seu primeiro mandato, eliminou as garantias federais de acesso ao aborto em 2022.
A questão ganhou mais notoriedade depois que um tribunal do Alabama decidiu, em fevereiro, que embriões congelados criados com essa técnica deveriam ser considerados “crianças”. Trump disse que apoiou a fertilização in vitro depois que várias clínicas interromperam seus serviços após essa decisão.
“Queremos mais bebés”, lançou esta quinta-feira o magnata, sem dar detalhes sobre como funcionaria a sua proposta, incluindo de onde viria o dinheiro para financiá-la.
Mas quando o anúncio foi revelado numa entrevista à NBC antes do evento, Trump concluiu que uma opção seria as companhias de seguros assumirem os gastos “a mando” do governo.
Poucos americanos têm planos de seguro que cobrem tratamentos de fertilidade, com custos superiores a US$ 20 mil (R$ 112 mil no câmbio atual) para uma única rodada de técnicas de fertilização in vitro de 18 meses.
O ex-presidente sugeriu que, no seu possível segundo mandato, os novos pais poderão deduzir “as principais despesas do recém-nascido” dos seus impostos, proclamando-se “a favor da família”.
Trump e sua adversária eleitoral, a vice-presidente democrata Kamala Harris, estão fazendo campanha em estados indecisos esta semana, ao entrarem na fase mais intensa da corrida pela Casa Branca.
Durante um comício na Geórgia, Kamala alertou seus seguidores que Trump decretaria uma proibição nacional do aborto se vencesse as eleições.
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