A Justiça Militar condenou o coronel reformado José Placídio Matias dos Santos a quatro meses de detenção por ter publicado ofensas contra os comandantes das Forças Armadas em 8 de janeiro de 2023, quando foram atacados os quartéis-generais dos Três Poderes. Atuou como assessor do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A sentença foi assinada pela desembargadora da Justiça Militar Federal Flávia Ximenes Aguiar de Sousa e corroborada por quatro generais que integram o Conselho de Justiça. A defesa do coronel da reserva ainda pode recorrer e ele poderá recorrer livremente.
Em junho, o coronel foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) em inquérito que tramita em sigilo no Supremo Tribunal Federal (STF).
No dia dos atos antidemocráticos, o militar usou as redes sociais para ofender e ameaçar o então ministro da Justiça Flávio Dino e convocar um golpe de Estado. Uma das publicações foi direcionada ao então comandante do Exército, general Júlio César de Arruda, e apelou à insubordinação ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“General Arruda, o Brasil e o Exército esperam que você cumpra seu dever de não se submeter às ordens do maior ladrão da história da humanidade. Você sempre teve e ainda tem meu respeito. FORÇA!!”, diz a postagem no Twitter .
Ainda no dia dos atos terroristas, Placídio apelou à ação das Forças Armadas. “Brasília está agitada com a ação dos patriotas. Excelente oportunidade para a FA entrar no jogo, desta vez pelo lado direito. Cadê os coronéis alegres com a tropa na mão?”, publicou.
Nova chamada
No dia seguinte aos atos, Placídio voltou às redes sociais para afirmar que havia “esquerdistas revoltados infiltrados” nos atos golpistas da véspera.
“Não sei o que vai acontecer, ninguém sabe ao certo. O que está claro é que o povo ordeiro e patriótico, que não inclui os esquerdistas rebeldes infiltrados, nunca aceitará a usurpação do poder levada a cabo pelo sistema”, ele escreveu.
Na reserva desde março de 2022, Placídio ocupou cargo no GSI por cerca de três anos. Sob o comando do general Augusto Heleno entre 2019 e 2022, o GSI é um dos órgãos que compõem a Presidência da República e tem como função assessorar o chefe do Executivo em questões militares e de segurança. Nele, o coronel ocupou cargo de confiança de fevereiro de 2019 até março de 2022, como assessor militar-chefe da Assessoria Especial de Planejamento e Assuntos Estratégicos da Secretaria Executiva do GSI.
Veja também
STF
STF suspende julgamento de ISS com base no PIS/Cofins; nova data ainda não foi definida
Registro Limpo
Senado acelera tramitação de projeto que altera Lei da Ficha Limpa
emprestimos pessoal em curitiba
quem tem bpc pode fazer empréstimo
bancos inss
antecipar decimo terceiro itau
cartao itau inss
emprestimo pessoal 5 mil
empréstimo consignado melhores taxas