No Mato Grosso do Sul, os aposentados e pensionistas do serviço público estadual têm salário médio superior ao dos empregados ativos. Estudo solicitado pelo governo do Estado – e que deu respaldo ao projeto de lei enviado à Assembleia Legislativa com o objetivo de salvar a Previdência Social estadual – indicou que o pagamento de benefícios a aposentados e pensionistas equivale a 110% da folha salarial dos ativos funcionários públicos. .
Esses números ajudam a explicar o déficit atuarial da Previdência Social de Mato Grosso do Sul, que é de R$ 11,6 bilhões, levando o governador Eduardo Riedel (PSDB) a propor um plano de recuperação.
O projeto prevê contribuições mensais durante um período de 30 anos, entre 2025 e 2065, o que acabará por resultar na injeção de R$ 24,1 bilhões no Regime Próprio de Seguridade Social (RPPS) de Mato Grosso do Sul.
A folha de pagamento dos servidores ativos, segundo estudo da Brasilis Consultoria, encomendado pelo governo do estado, custou em setembro do ano passado aos cofres públicos o valor de R$ 286,3 milhões por mês.
Esses valores foram pagos a 32.030 funcionários, resultando em uma remuneração média de R$ 8.955,31 para cada funcionário ativo. O mesmo estudo mostra ainda que a idade média dos servidores públicos ativos em Mato Grosso do Sul é de 47 anos.
A base de um sistema de segurança social são as contribuições dos empregadores e dos trabalhadores activos, para que os benefícios dos trabalhadores inactivos possam ser pagos.
No Mato Grosso do Sul, há aproximadamente duas décadas, não é mais assim: os funcionários e o governo continuam contribuindo para a Previdência, porém, mesmo assim, a conta não fecha.
A folha salarial mensal dos 24.685 aposentados do MS totalizou R$ 276.388.200,33, com idade média de 69 anos e rendimento médio de R$ 11,1 mil.
A folha salarial dos 4.336 pensionistas é de R$ 40.844.355,66, enquanto o rendimento médio desse grupo, segundo o estudo, é de R$ 9.419,82.
PLANO DE SALVAÇÃO
Para salvar a Previdência Social do Mato Grosso do Sul, o governo do estado pretende aumentar a contribuição patronal de 23% para 28% nos próximos 30 anos.
O plano foi encaminhado ontem à Assembleia Legislativa. Se aprovado pelos deputados estaduais e sancionado pelo governador Eduardo Riedel, o plano obrigará o Executivo a fazer contribuições adicionais entre 2025 e 2065, com valores que aumentarão gradativamente entre 2025 e 2027, estabilizando-se em valor fixo a partir de 2028.
No próximo ano, a contribuição anual será de R$ 168,1 milhões, totalizando 12 parcelas de R$ 14,01 milhões que começarão a ser pagas à Agência de Previdência Social de Mato Grosso do Sul (Ageprev) a partir de janeiro.
Em 2026, as parcelas sobem para R$ 21,7 milhões, totalizando R$ 261 milhões ao final daquele ano. Em 2027, as parcelas aumentam para R$ 33,5 milhões, resultando em um aporte final de R$ 402,3 milhões.
Entre 2028 e 2065, as parcelas mensais serão de R$ 52,4 milhões, totalizando contribuições anuais de R$ 629,6 milhões.
CONTAS QUASE FECHANDO
O plano de resgate da Segurança Social poderá equilibrar as contas no próximo ano. A contribuição complementar de R$ 14 milhões a partir de janeiro de 2025 aumentará a receita da Ageprev para pensionistas e aposentados para R$ 332,9 milhões.
A despesa mensal prevista para o próximo ano é de R$ 317,9 milhões.
A receita da Previdência Social, segundo o plano, será composta da seguinte forma: R$ 78 milhões provenientes da cota dos servidores, sendo R$ 38,9 milhões provenientes do desconto de 14% no salário dos empregados ativos e R$ 39 milhões no salário dos aposentados e pensionistas.
A parcela patronal – já 28% do salário – totalizará R$ 167,7 milhões, sendo R$ 86,6 milhões o valor dos empregados ativos e R$ 81,1 milhões o salário dos inativos.
Há ainda uma receita adicional de R$ 73 milhões e um aporte adicional de R$ 14 milhões, elevando a receita total para R$ 332,9 milhões.
Na prática, isto não será muito diferente do que já acontece, uma vez que o governo tem feito sucessivas contribuições para as pensões do Estado desde a última década.
A diferença, porém, é que o excedente pode ser utilizado, aos poucos, para capitalizar a Segurança Social e reduzir o seu défice atuarial.
Saiba – Governo propõe ampliar isenção
Para aliviar a situação de quem tem doenças incapacitantes, o governo também propôs – no mesmo pacote do plano de resgate da Segurança Social – um aumento na isenção de 14% para funcionários públicos que ganham até três salários mínimos.
Estão incluídos pacientes com doença ocupacional, tuberculose ativa, alienação mental, esclerose múltipla, neoplasia maligna, cegueira, hanseníase, paralisia irreversível e incapacitante, doença cardíaca grave, doença de Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, doença hepática grave, estágios avançados da doença de Paget. , contaminação por radiação e síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS), mesmo que a doença tenha sido contraída após a aposentadoria ou aposentadoria.
Assine o Correio do Estado
empréstimo consignado para servidor público municipal
emprestimo para bpc ja esta liberado
simulação de empréstimo no bradesco
empréstimos itau simulador
melhores bancos emprestimo
quitar emprestimo caixa
taxa de juros do emprestimo consignado banco do brasil