Quem quer ser artista de televisão sabe: é preciso lidar com os negativos. E entenda que, às vezes, mudar de rota pode trazer resultados interessantes.
Quando fez o primeiro teste para “Família É Tudo”, Robson Torinni ouviu não do departamento de elenco da produção. Cerca de cinco meses depois, porém, foi procurado pela equipe da novela escrita por Daniel Ortiz com um convite para interpretar o malvado skatista Cláudio, do mesmo seriado das 19h da Globo.
“Sempre quis fazer uma novela do Daniel. Ele é um dos melhores autores atuais do Brasil, consegue capturar o espectador. E tenho a oportunidade de interpretar um mau personagem, o que é um presente para qualquer ator”, valoriza.
Em “Família É Tudo”, Cláudio é o antigo rival de Tom no skate. “Por sempre ter ficado em segundo lugar nos campeonatos, ele traz essa raiva e faz de tudo para atrapalhar a vida do Tom e de quem está ao seu redor”, analisa Robson, que nunca havia patinado até ser escalado para a trama.
“Isso me deu frio na barriga. Mas assim que comecei a ter aulas, fiquei surpreso. Foi mais fácil do que eu imaginava. Hoje consigo até fazer algumas manobras”, diz, orgulhoso.
Seu interesse em atuar começou quando criança. A vontade de agir é tanta que o pernambucano garante que não se vê fazendo outra coisa na vida.
“Sempre disse que seria ator e que viajaria pelo mundo. Quando comecei a me entender, entrei no grupo de teatro da escola que estudei, em Garanhuns. Acho que nasci com as artes dentro de mim”, afirma.
Desde 2017, Robson Torinni começou a produzir suas próprias obras em teatro. Desde então, levou aos palcos o texto argentino “A Sala Laranja” e o premiado “Tebas Land”, além do monólogo “Tráfico”. Robson também pode ser visto na série “Entre Longes”, filmada em Mato Grosso e exibida pela TV Brasil.
Nome: Robson Torinni.
Aniversário: 27 de março de 1987, em Garanhuns, Pernambuco.
Desempenho inesquecível: Martin, no programa “Tebas Land”, e Tito, na série “Entre Longes”, exibida na TV Brasil.
Interpretação memorável: Wagner Moura como Boca no filme “Ó Paí, Ó”, dirigido por Monique Gardenberg e lançado em 2007.
Momento marcante na carreira: “Quando ganhei meu primeiro prêmio de melhor ator, com o personagem Martin no seriado ‘Thebes Land’”.
O que está faltando na televisão: “Programas que falam sobre a importância da preservação do meio ambiente.”
O que resta na televisão: “Programas de fofoca”.
Com quem você gostaria de trabalhar: Fernanda Montenegro.
Se eu não fosse ator, seria: “Não me vejo fazendo mais nada.”
Ator: Wagner Moura.
Atriz: Fernanda Montenegro.
Romance: “Família é tudo”.
Vilão Extraordinário: Nazaré, interpretada por Renata Sorrah na novela “Senhora do Destino”, escrita por Aguinaldo Silva e exibida originalmente pela Globo entre 2004 e 2005.
Personagem mais difícil de compor: “Alex, do espetáculo ‘Tráfico’, meu primeiro monólogo”.
Qual novela você gostaria de ver repetida? “Tieta”, livremente inspirada no romance “Tieta do Agreste”, de Jorge Amado, e adaptada por Aguinaldo Silva, Ricardo Linhares e Ana Maria Moretzsohn, exibida originalmente na Globo entre 1989 e 1990.
Qual papel você gostaria de desempenhar: “Um personagem nordestino”.
Filme: “Ah, pai, ah”.
Autor: Ariano Suassuna.
Diretor: Victor Garcia Peralta.
Vergonha: “Agora, não me lembro de nenhum.”
Mania: “Ir ao teatro e ao cinema”.
Temer: “Morrer antes de realizar todos os meus sonhos.”
Projeto: “Produzir cinema e ganhar um Oscar”.
“Família é Tudo” – Globo – Segunda a sábado, a partir das 19h. Reprise alternativa na madrugada.
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