O Sindicato dos Peritos Forenses Oficiais de Mato Grosso do Sul (SINPOF-MS) anunciou apoio às reivindicações salariais dos Policiais Civis do Estado, que não recebem alterações em sua folha de pagamento desde 2013, após realizar reunião nesta segunda-feira (26). Ontem, o Sindicato da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul (Sinpol-MS) deu 20 dias ao governo para apresentar uma proposta considerada decente por agentes e escrivães. Caso contrário, uma greve deverá ser iniciada pela categoria para que se alcance o reajuste desejado. Além do aumento salarial, a reivindicação pede a contratação de mais investigadores e escrivães, pois faltam 900 profissionais, o que pode resultar no fechamento de delegacias. Nesta quinta-feira (29), a Polícia, em conjunto com as Perícias Criminal e Médica, realizará uma movimentação na Assembleia Legislativa, às 8h30, para reforçar os pedidos. Outra questão levantada pela categoria é a jornada excessiva de trabalho, que deveria ser de 40 horas semanais, mas pode ultrapassar 80 horas, além de não haver remuneração extra. Veja esta foto no Instagram Post compartilhado pelo Sinpof/MS (@sinpofms) “Estamos em greve e, paralelamente a isso, estamos realizando manifestações. A primeira será quinta-feira na Assembleia Legislativa. Então, o prazo que damos ao governo para negociar conosco é de 20 dias, para podermos decidir se fazemos greve ou não”, afirmou o presidente do Sinpol-MS, Alexandre Barbosa, nesta segunda-feira. Atualmente, o Estado conta com 1.600 profissionais, entre escrivães e investigadores. Dependendo da categoria, o que seria necessário para atender às demandas da população em todo Mato Grosso do Sul seriam 2,5 mil trabalhadores. Durante reunião com representantes sindicais na última terça-feira (20), Riedel voltou atrás na decisão e não cumpriu a promessa, oferecendo-se para incorporar ao subsídio a assistência alimentar que, segundo a classe, não atendia às necessidades dos trabalhadores. Outra reclamação é em relação ao auxílio saúde no valor de R$ 2.000,00. Vale ressaltar que o auxílio alimentação é destinado apenas aos empregados ativos, no valor de R$ 400,00. Levantamento da Organização Não Governamental (ONG) “Instituto Sou da Paz”, mostra que Mato Grosso do Sul é um dos estados que mais soluciona crimes no Brasil. Por outro lado, o MS ficou em 21º lugar no ranking de estados com melhores salários para escriturários, com R$ 4.527.000,00. Protocolo oficial Na última sexta-feira (26), o Sinpol-MS protocolou ofício na Delegacia Geral de Polícia Civil de Mato Grosso do Sul (DGPC), exigindo a organização de plantões. Entre as reivindicações está a falta de escrivães e investigadores. Leia na íntegra: “O Sindicato solicita a adoção de providências junto aos chefes de departamento, chefes regionais e chefes de unidades da Polícia Civil para que os horários de plantão sejam reorganizados, a fim de cumprir a jornada de trabalho definida em Lei e, principalmente, para que haja não haverá dever para um único policial, enfatizando que ‘não haverá mais tolerância para situações ilegais envolvendo nossos substitutos’. “A entidade também solicita ser informada do motivo da ausência física dos delegados de plantão da 4ª Delegacia de Campo Grande e do DEPAC Centro nos turnos noturnos, finais de semana e feriados, situação que leva os agentes a realizarem atividades exclusivas e indelegáveis funções destes, como a elaboração de relatórios de incidentes e outros documentos com informações falsas sobre a presença física dos delegados. Por fim, o Sinpol destaca que a situação levou ao adiamento de exames, audiências, apreensões, entre outros serviços urgentes da Polícia Civil”. A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Estado de Administração (SAD), que informou que “o governo de Mato Grosso do Sul está em constante diálogo com todas as categorias de servidores”. *Thais Cintra colaborou Assine o Correio do Estado
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