Doutor em Economia, Michel Constantino aponta caminhos para gestores sobre como desenvolver o Campo Grande de amanhã
Uma possível e desejável Campo Grande, na visão do doutor em Economia e professor da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB) Michel Constantino, é uma cidade que oferece mais liberdade aos empreendedores e um planejamento estrutural focado na vocação da cidade.
A criação de um centro de distribuição logística, aliada a uma desburocratização que simplifique a vida do empresário, na visão estratégica de Constantino, é tudo o que a cidade precisa, para não ficar para trás nos bons momentos que Mato Grosso do Sul vive. como centro receptor de investimentos privados.
Com pelo menos R$ 50 bilhões em investimentos contratados até 2030, a maior parte dos recursos alocados ao setor de celulose e produção florestalo Estado é o maior destino brasileiro de investimentos privados no momento. E é nesse contexto que a cidade pode se beneficiar, tornando-se um centro logístico de distribuição num futuro não muito distante.
“O município ganha dinheiro com serviços, e a grande atividade econômica de uma capital como Campo Grande são os serviços”, disse Constantino durante o evento Campo Grande que Quero, promovido pelo Correio do Estado.
“Estamos acompanhando o grande investimento da maior fábrica de celulose do mundo em Ribas do Rio Pardo, a 80 km da Capital, e pergunto: onde estão os serviços adequados que Campo Grande pode prestar para atender esta grande empresa?”, perguntou o doutor em Economia.
Então, Constantino trouxe a resposta: “Precisamos de um centro de distribuição logística para atender essas grandes empresas. Poderíamos ter este centro em parceria com a gestora aeroportuária e outras empresas da área logística”.
O especialista destacou ainda que a Capital pode aproveitar a Rota Bioceânica, transformando a cidade em um hub, ou seja, um ponto de conexão. “Se tivermos um centro de distribuição aqui, damos esse nó”, explicou.
E COMO FAZER?
O doutor em Economia criticou os planos de governo dos candidatos a prefeito e destacou que o incentivo ao desenvolvimento da cidade não se limita à concessão de incentivos fiscais ou de estruturas de financiamento com investimentos públicos à iniciativa privada.
“Os candidatos, infelizmente, não olham para o índice de liberdade económica, que é um índice que nós investigadores já consideramos há muito tempo. Uma pergunta que deve ser feita por gestores e candidatos é: como aumentar a liberdade econômica para atrair investimentos para o município? Esse deveria ser o primeiro ponto”, esclareceu.
O economista destacou que a liberdade econômica é premissa necessária para atrair investimentos para Campo Grande. Esse conceito está diretamente ligado à redução de burocracia, como a simplificação dos processos de licenciamento, seja ambiental, operacional ou outros níveis de fiscalização nos projetos. Também está diretamente ligado à rápida resolução de pendências para não atrasar o investimento já realizado por quem empreende.
As vantagens competitivas no cenário atual, destacou Constantino, vão muito além dos benefícios fiscais e outros apoios do setor público. Basicamente, os empresários buscam estabilidade e segurança jurídica.
“A todo momento estão sendo criadas normas e leis que dificultam a atração de investimentos aqui. Aí chega um ponto que o investidor pensa: ‘Não vou mais para Campo Grande, vou para Florianópolis, porque lá é muito mais fácil do que aqui’”, exemplificou, comentando que “o empresário aloca o recurso onde ele vê isso mais fácil e com maior probabilidade de crescimento.”
Constantino destacou que o MS vive um boom de investimentos e que, nos próximos 10 anos, verá um crescimento significativo do seu Produto Interno Bruto (PIB), com percentuais superiores ao PIB nacional.
O risco, segundo ele, é que grandes investimentos se concentrem no interior do Estado e Campo Grande fique para trás. “Como atraímos esse investimento? Facilitando a vinda de empresários para cá. Não vejo nenhum tipo de política económica que facilite isso”, concluiu.
Gestor de trânsito sugere reformulação de linhas de ônibus
Arquiteta, urbanista e gestora de trânsito da Agência Municipal de Transportes e Trânsito de Campo Grande (Agetran), Andréa Luiza Torres de Figueiredo da Silva defende a revisão dos itinerários do sistema de transporte público da Capital, a fim de melhorar a mobilidade urbana na cidade.
Para ela, repensar os transportes vai muito além de propor medidas como a gratuidade do transporte. “É preciso rever os itinerários do transporte público, porque quando chegarmos a 1 milhão de habitantes e dermos mais um passo para receber mais recursos para outros modais, pelo menos o básico do transporte público terá melhorado na cidade”, afirma.
Ela levanta uma reflexão ao iniciar um debate sobre mobilidade urbana em Campo Grande: “É eficiente o transporte público da cidade operar com 170 linhas da forma como funciona atualmente?”.
A mudança na forma de se locomover e a demora do poder público em propor soluções para a população levaram
o sistema de transporte público da Capital perdeu 100 mil usuários nos últimos 10 anos.
Segundo Andréa, em 2014, a cidade tinha, em média, 260 mil usuários no sistema. Agora, esse número é de 160 mil. Para piorar a situação, o município e o Estado destinam cerca de R$ 1,7 milhão por mês para subsidiar o sistema de transporte.
SOLUÇÕES
Andréa dá uma dica aos gestores – ou candidatos – para essa função: eles precisam pensar e refletir constantemente sobre as necessidades das pessoas.
“Integração modal? Conexão de ciclo? Sim. Carros autônomos? Acredito que não seja o momento”, analisa, acrescentando que “[podemos] Falando em integração, posso criar vagas de estacionamento, locais onde os cidadãos deixam seus carros e percorrem pequenos trechos a pé. Também podemos incentivar o transporte de bicicleta em outras regiões.”
Ao citar outras formas de melhorar a mobilidade, como incentivar a partilha de boleias e o transporte partilhado,
Ela enfatiza que as autoridades públicas devem fazer a sua parte.
“Se quiser incentivar o pedestre nas estradas é preciso melhorar as calçadas. Para incentivar o uso de ciclovias, elas devem ser bem estruturadas. Não podemos promover campanhas de fiscalização sem antes fazermos a nossa parte”, destaca.
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