Disputando por prefeitos e vagas nas Câmaras Municipais de São Paulo, os dez políticos mais ricos do Estado de São Paulo nas eleições de 2024 detêm, coletivamente, uma fortuna de mais de R$ 4,17 bilhões em ativos. Quase um terço, R$ 2,8 bilhões, pertence a um único candidato, que disputa a prefeitura de Marília, a 435 quilômetros da capital.
Os bens foram declarados pelos candidatos no momento do registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Entre os dez políticos mais ricos de São Paulo, metade são empresários, e há um jornalista, um pecuarista, um administrador, um advogado e um candidato que não declarou profissão. Há apenas uma mulher na lista que, na íntegra, se declarou branca.
Seis candidatos concluíram o ensino superior, dois concluíram o ensino médio e dois iniciaram cursos superiores, mas não concluíram. O partido que mais aparece é o Republicanos, com três membros, seguido do PRTB e do MDB, com dois cada. Podemos, PV e PSD têm um candidato cada.
Nenhuma cidade se repete na lista: enquanto metade dos candidatos concorre a prefeito de cinco municípios paulistas, a outra metade busca vaga nas Câmaras Municipais de outros cinco. Há apenas um candidato na capital, São Paulo, onde disputa o cargo de prefeito. Este é o nome mais conhecido entre os candidatos da lista, o empresário Pablo Marçal (PRTB).
Confira a lista dos dez políticos mais ricos concorrendo no Estado de São Paulo e o valor de suas respectivas fortunas:
10º – Marcos Amaral de Souza (Republicanos): R$ 70.380.000,00
Amaral, conforme registro no TSE, tem uma fortuna de mais de R$ 70 milhões. Os quatro bens declarados pelo candidato de 46 anos são: uma Mercedes Benz no valor de R$ 200 mil, um apartamento no valor de R$ 150 mil, uma motocicleta no valor de R$ 30 mil e o item mais valioso, uma mina de ferro localizada em uma fazenda, no valor de R$ 70 milhões .
Esta é a primeira eleição do candidato, que busca uma vaga na Câmara Municipal de Arujá, cidade de 86 mil habitantes, entre a capital e São José dos Campos. Ele não disse qual é sua ocupação atual.
A campanha do candidato foi contatada por Estadão para comentar o nome do candidato da lista, mas não quis comentar.
9º – Luiz Tarcísio Teixeira Ferreira (PV): R$ 71.130.765,00
Tarcísio Ferreira, do Partido Verde, estreia na vida política concorrendo à prefeitura de Águas da, cidade localizada a 238 quilômetros da capital. O advogado declarou R$ 71,1 milhões em bens, sendo a maior parte agrupada em ações de capital (R$ 23,2 milhões); ativos financeiros, como renda fixa, CDB e outros (R$ 17,5 milhões); saldo em conta corrente (R$ 10 milhões); fazendas e terras (R$ 4,7 milhões), entre outros bens. A campanha do candidato foi contatada por Estadãomas não respondeu.
8º – José Lavelli de Lima (PSD): R$ 71.513.478,00
Tentando ser prefeito de Bragança Paulista, José de Lima (PSD), presidente do diretório municipal do partido, declarou uma fortuna de R$ 71,5 milhões. Entre os ativos de maior valor estão R$ 54,5 milhões em participações no capital social de holding de instituições não financeiras; R$ 12,5 milhões em depósito no Itaú (BVMF:) em Miami, Estados Unidos; e dois apartamentos em conjunto habitacional no valor de R$ 301 mil. A primeira vez que teve mandato foi aos 23 anos, eleito vereador em 1963 pelo PTB. Além da sigla, Lima também disputou Arena, PSD e PMDB.
O administrador, conforme afirmou ao TSE, já foi eleito para três mandatos como prefeito do município de 170 mil habitantes da região de Campinas. As gestões ocorreram entre 1973 e 1977, 1983 e 1988 e 1997 e 2000. O político tentou novamente conquistar o cargo em 2004 e 2008, pelo então PMDB, mas não foi eleito. Nesta última eleição, há 16 anos, o valor declarado dos bens foi de R$ 3,96 milhões.
Para o Estadãoo político diz que não se considera rico, mas sim “dono de uma empresa com capacidade de 15 mil toneladas por mês”. Lima refere-se à produção de alimentos para animais de estimação, setor no qual possui empresas, além da produção de rações para pecuária, pecuária, avicultura e eucalipto. O candidato afirma que começou a construir riqueza comprando metade de um armazém na cidade onde mora, o que conseguiu graças às economias da época em que era condutor de ônibus em Minas Gerais e levava produtos de Minas Gerais para vender em Bragança . Sobre as eleições deste ano, o candidato afirma que “surgiu uma oportunidade de concorrer” e que quer “deixar um pouco mais do seu legado”.
7º – Miriam do Rosário Souza Gabiati (Republicanos): R$ 76.150.000,00
Candidata a vereadora em Presidente Prudente, extremo oeste do estado, Miriam Ribeiro, 61 anos, declarou patrimônio superior a R$ 76 milhões. O jornalista e escritor listou três bens à Justiça Eleitoral: um quinto de um apartamento, no valor de R$ 150 mil; a mesma proporção de uma casa, R$ 1 milhão; e 25% de uma fazenda, parcela que vale, segundo o comunicado, R$ 75 milhões.
Para o Estadãoa candidata republicana afirmou, por meio de consultoria, que a fazenda foi herdada do pai para ela e seus irmãos. Na primeira e única eleição a que concorreu antes desta, em 2016, quando foi eleita vereadora suplente da mesma cidade, mas pelo PSB, a candidata não declarou bens.
6º – Marcelo Di Fiori (Republicanos): R$ 77.612.425,00
Di Fiori é vice-deputado estadual pelos Progressistas. Anteriormente, também foi deputado federal suplente pelo Podemos, em 2018, e em 2020 foi vereador suplente pelo PP, quando declarou fortuna de R$ 49 milhões – R$ 12 milhões a menos que na última eleição, em 2022, quando dirigiu a Câmara dos Deputados e foi eleito suplente.
Já pelos republicanos, o empresário concorre a vereador em Itapetininga, cidade onde mora há cerca de 25 anos no interior do estado, e sua fortuna declarada cresceu R$ 16,5 milhões em relação à última eleição. Para o EstadãoDi Fiori disse que o aumento da fortuna é “fruto de muito trabalho, dedicação, esforço, foco e amor”.
Metade da fortuna do candidato vem de ações de uma empresa familiar do setor imobiliário. O empresário também possui diversos bens de produção utilizados no setor agrícola, como máquinas pesadas, silos, tratores, além de pastagens, galpões e um barco.
5º – José Alberto Gimenez (MDB): R$ 78.439.935,00
Disputando o cargo de prefeito de Sertãozinho, norte do estado, Zezinho Gimenez (MDB) declarou uma fortuna de R$ 78,4 milhões ao TSE, cerca de R$ 53,7 milhões a mais do que na última eleição que disputou, em 2016, um aumento de 217%.
Na lista atual do candidato, os ativos de maior valor são ações ou participações de capital em empresas e cooperativas, totalizando R$ 20,4 milhões; mais de R$ 500 mil em picapes, motocicletas e caminhões; quase R$ 1 milhão em três propriedades rurais, entre outros ativos.
Em 2012, quando foi eleito prefeito pelo PSDB, o valor declarado era de R$ 11,7 milhões. Nas eleições de 2004, nenhum patrimônio foi incluído na candidatura do empresário, eleito pela primeira vez para o cargo.
Procurado por Estadãoa campanha não quis comentar a evolução do património, apenas disse que fez questão de incluir “até o imposto sobre o rendimento no registo da candidatura, para deixar tudo transparente”.
4º – Mário Cânovas Franco (MDB): R$ 93.489.200,00
Único pecuarista da lista, Mário Cânovas Franco (MDB) busca uma vaga na Câmara Municipal de Auriflama, município localizado no noroeste do Estado, a 578 quilômetros da capital. Em sua primeira candidatura, aos 78 anos, Franco declarou sete bens à Justiça Eleitoral.
Os itens de maior valor são duas fazendas, uma no Mato Grosso do Sul, no valor de R$ 39 milhões, e 50% de uma propriedade no Mato Grosso, no valor de R$ 36,3 milhões; e uma fazenda em sua cidade, no valor de R$ 16,2 milhões. O candidato também declara terras, cabeças de gado e uma casa.
Para o Estadãoo candidato disse que quer “deixar o nome na política” e, entre os planos da cidade, caso seja eleito, está melhorar a arborização e construir uma feira livre para receber os agricultores, numa estrutura com quiosques, banheiros e torneiras.
3º – Pablo Henrique Costa Marçal (PRTB): R$ 169.503.051,00
Candidato do PRTB a prefeito de São Paulo, o empresário Pablo Marçal, primeiro declarou ter patrimônio de R$ 193 milhões ao TSE, mas retificou a informação no dia 12 de agosto, excluindo R$ 24 milhões do patrimônio declarado. O Estadão Ele entrou em contato com o candidato para questionar o motivo da retificação, mas não obteve resposta.
Esta é a segunda eleição que o ex-técnico disputa: em 2022, disputou a Presidência da República e depois concorreu a deputado federal, declarando patrimônio de R$ 96.942.541,15.
Além dos ativos financeiros, que constituem a quase totalidade do seu patrimônio, que somam mais de R$ 164 milhões, o empresário possui um terreno no Residencial Tamboré, em Barueri (SP), avaliado em R$ 4,9 milhões, e um quarto em um prédio comercial. prédio em Goiânia, no valor de R$ 100 mil. Marçal diz ainda ter uma fazenda em Trindade, no interior de Goiás, seu estado natal, no valor de R$ 62,1 mil. Como mostrou o Estadão, o candidato construiu um império de empresas, cursos e livros de autoajuda.
2º – Jonas Afonso de Moraes (Podemos): R$ 617.900.000,00
O empresário de 59 anos informou ao TSE que possuía ações de cinco empresas, no valor de R$ 617,9 milhões. Não há outros bens declarados, como imóveis e veículos, além de empresas. O candidato já passou pelo PRP e pelo PSP em eleições passadas – quando foi eleito vereador suplente em Itaquaquecetuba -, antes de ingressar no Podemos, sigla com a qual chega ao pleito de 2024.
Para o Estadãoo candidato disse que as cinco empresas que ele declarou são do setor imobiliário e foram adquiridas recentemente, por isso não foram declaradas em 2016, quando concorreu a vice-prefeito de Itaquaquecetuba pelo PSC, e a chapa não foi eleita. Naquele ano, o patrimônio declarado foi de R$ 598,8 mil – incluindo veículos, casa e participações no capital da empresa.
1º – João Henrique Pinheiro (PRTB): R$ 2.851.300.000,00
Candidato ao cargo de prefeito de Marília, João Pinheiro (PRTB), de 39 anos, é o mais rico entre todos os candidatos nas eleições municipais de 2024. Empresário estreante na política, ele declarou ter um patrimônio líquido de R$ 2,85 bilhões relacionado a uma empresa exportadora de produtos agrícolas.
O candidato informou ter 95% das ações da empresa Sugar Brazil, que comercializa derivados de petróleo, o que equivale a R$ 2,85 bilhões. Ele disse ainda ter R$ 1 milhão em participações no capital da empresa Das Marias Agropecuária. Outro bem declarado ao TSE foi R$ 300 mil de uma caderneta de poupança da Caixa Econômica Federal.
Para o EstadãoPinheiro disse possuir oito aviões, sendo cinco a jato e três bimotores. Ele afirmou ainda que possui três helicópteros e 12 carros. Nenhum desses bens é declarado ao TSE. Pinheiro explicou que não o fez porque não tem muito tempo com as mercadorias, pois costuma trocá-las ao longo do ano. “Eles são ativos e geralmente faço muitas compensações”, disse ele.
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