A “aliança” entre o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Palácio do Planalto incomoda o Centrão e apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Embora a cimeira dos três Poderes tenha anunciado um acordo, no dia 20, para pôr fim à onda de alterações parlamentares ao Orçamento, ainda há suspeitas e resistências sobre este processo de “purificação”.
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), já alertou o governo que a Casa de Salão Verde não aceitará ser o “patinho feio” da história. Em conversa com interlocutores, após reunião de terça-feira no STF, o deputado manifestou preocupação sobre como será tratado o repasse de dinheiro das emendas no momento em que negocia apoio ao candidato para sua sucessão à frente da Câmara (ele não pode concorrer a novo mandato).
No dia 16, Lira já havia enviado à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) duas propostas que encerravam o cerco ao STF, mas ele mesmo havia arquivado. A primeira delas, aprovada pelo Senado, limita decisões individuais dos ministros da Corte. A outra permite que o Legislativo suspenda as decisões judiciais por uma votação de dois terços da Câmara e do Senado.
Na ordem do dia
A deputada Caroline De Toni (PL-SC), presidente da CCJ e aliada de Bolsonaro, já agendou a análise das duas PECs e de outros dois projetos para a sessão de amanhã. Este é um pacote de medidas destinadas a regular os magistrados.
Embora o Centrão, grupo liderado por Lira, tenha dado sinais de que pelo menos uma das PECs – produzidas para permitir ao Congresso anular acórdãos do STF – voltaria para a gaveta, Caroline foi em outro rumo.
“Sabemos que o Judiciário não pode criar regras gerais e abstratas”, disse o presidente da CCJ. “É preciso julgar um caso específico de acordo com a legislação vigente”.
Além disso, um dos projetos que serão apreciados também trata de um crime de responsabilidade de ministros do STF. “Um ministro não pode fazer uma declaração político-ideológica”, insistiu Caroline, sem citar nomes, numa referência indireta a Alexandre de Moraes, relator das investigações das fake news e das milícias digitais. “A imunidade parlamentar deve ser garantida e não pode haver ativismo judicial”.
‘Dê um passo para trás’
Na prática, desde que o ministro do STF, Flávio Dino, decidiu suspender o pagamento das emendas até que seja identificado quem indicou os recursos públicos e para onde irá o dinheiro, o Congresso não parou de protestar.
Mesmo com o pacto entre os três Poderes, o clima ainda é de “atraso” com o Supremo e o Planalto, às vésperas das eleições municipais. Motivo: há uma percepção no Legislativo de que Dino, ex-chefe da Justiça, agiu em conjunto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
‘Não existe jogo combinado’
Questionado sobre as suspeitas do Legislativo em relação à “aliança” entre Supremo e Planalto, o líder do governo no Senado, Jacques Wagner (PT-BA), foi enfático: “Não existe jogo combinado”.
Na opinião do cientista político Sérgio Praça, professor e pesquisador da Fundação Getulio Vargas (FGV), é “desejável” que o STF obrigue deputados e senadores a dar transparência às emendas, mas não cabe à Corte definir as propostas do Congresso. parte do bolo orçamentário.
“Como a interlocução do governo com o Congresso é muito ruim, me parece que o governo quer terceirizar isso para o Supremo”, disse Praça. “Mas o perigoso é que este novo desenvolvimento possa tornar-se um precedente.”
Para os membros do Centrão, o acordo alcançado no dia 20 ainda é uma carta de intenções. Prevê, por exemplo, que até o final da semana os poderes Executivo e Legislativo divulguem os critérios para repasse dos recursos da emenda. O prazo coincide com a data em que Arthur Lira prometeu anunciar seu candidato ao comando da Câmara,
No mercado de políticas, as emendas são utilizadas como moeda de troca para obter apoio em diversas situações.
A informação é do jornal O Estado de S. Paulo.
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