Candidata a prefeita de Boa Vista (RR), a deputada federal Catarina Guerra (União) foi autorizada pelo Tribunal Regional Eleitoral de Roraima (TRE – RR) a participar do horário eleitoral como “candidata única” pelo União Brasil, a partir do dia 30 . .
A decisão desta quinta-feira da Justiça Eleitoral traz novos rumos para uma crise interna do partido, envolvendo a parlamentar e deputada federal Nicoletti, que também está inscrito como candidato ao cargo pelo mesmo partido.
Nicoletti afirmou que irá recorrer da decisão: “Não se preocupe, ‘Nicoletti’ continua como candidata pelo União Brasil”, disse em vídeo publicado em seu perfil no Instagram.
Em nota, o TRE-RR afirmou que o juiz eleitoral Breno Jorge Portela Silva Coutinho assinou a liminar que reconhece o deputado como a única pessoa capaz de praticar atos eleitorais como candidato a prefeito de Boa Vista pela coligação “Uma Nova Boa Vista, Boa Para Todos” até que haja nova manifestação judicial.
A deputada federal Nicoletti ainda espera que a Justiça Eleitoral reconsidere a determinação: “Fizemos a convenção, em que vencemos por 11 votos a seis, democraticamente, e temos certeza que o juiz ainda definirá o mérito”, disse, em um tom confiante, no vídeo publicado na rede social.
Entenda o caso
A divisão entre os candidatos começou antes mesmo das convenções partidárias. Catarina Guerra, que foi legitimada pelo Executivo nacional, conta com a bênção do governador Antonio Denarium (PP) e de apoiadores que fazem parte da administração estadual.
Nicoletti preside o diretório municipal e conta com o apoio de lideranças locais.
Após consenso na convenção do União Brasil, no início deste mês, outra reunião formalizou o nome do deputado como candidato a prefeito. Porém, três dias depois, o diretório nacional se manifestou a favor do deputado. E assim a sigla registrou as duas candidaturas no TRE.
Em nota, a deputada disse que sempre esteve alinhada à liderança nacional e que seu nome sempre apareceu como o “mais viável” para enfrentar o prefeito de Boa Vista, Arthur Henrique (MDB).
Em sua rede social, Nicoletti afirma ter feito diversos pedidos de impugnação do registro da candidatura de Guerra, dos quais apenas um foi acatado pelo juiz eleitoral do caso: “sabemos que isso se deu por indução ao erro, ‘má politicagem’ de fé’ dos advogados que usaram alguma jurisprudência para confundir o juiz eleitoral”.
O deputado argumenta que os advogados de Guerra disseram ao juiz que a ala nacional poderia intervir na escolha do candidato, mas, segundo ele, essa determinação só acontece em coligações, nas quais o Executivo nacional pode fazer alterações.
“Eles (os advogados de Catarina) retiraram as secções das coligações e deixaram apenas a jurisprudência, deixando a sugestão de que caberia à escolha dos candidatos”, concluiu.
Em sua rede social, a candidata a prefeita da capital roraima compartilhou com seus seguidores a decisão da Justiça Eleitoral:
Até agora, Nicoletti ficará fora do calendário eleitoral, que terá início no dia 30 de agosto e, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), será exibido até 3 de outubro, três dias antes do primeiro turno eleitoral.
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