Um relatório apresentado esta quarta-feira pela comissão sediada no Supremo Tribunal Federal (STF) que analisa as alterações parlamentares ao chamado “orçamento secreto” sugere que todos os dados destas transferências sejam centralizados num portal governamental. As propostas foram divulgadas após reunião técnica do grupo realizada na sede do Tribunal.
O relatório sugere que o Executivo migre todo o sistema de pagamento de emendas parlamentares para o sistema Transfere.gov, “com o objetivo de ampliar o rastreamento de recursos”. “Assim, a Controladoria-Geral da União (CGU) e o Tribunal de Contas da União (TCU) poderão acessar todos os dados em tempo real”, diz o documento.
Segundo os autores do relatório, a mudança resolveria um dos pontos sensíveis destacados no relatório, que são as transferências fundo a fundo das emendas do relator (RP9) – quando recursos públicos saem do fundo da União por motivos individuais indicações de parlamentares e se perdem nas verbas municipais.
O que se propõe é que fique claro quem indicou, qual valor será pago e para onde irá o dinheiro repassado.
A comissão que analisa a questão das emendas ao STF é formada por representantes da Procuradoria-Geral da República (PGR), da Advocacia-Geral da União (AGU), dos órgãos do Executivo, da Câmara, do Senado, do Tribunal de Contas da União ( TCU) e PSOL, partido autor da ação que trata do tema – e que em 2021 levou à derrubada do RP-9. Essa ação segue paralela às demais que levaram à crise entre os Poderes na semana passada.
Outra sugestão da comissão é a continuidade de acordos financiados por emendas de comissão ou relator que tenham obras iniciadas ou sejam destinados a entes federativos em situação de calamidade reconhecida pelo Poder Executivo.
Já novos compromissos só deverão ser assumidos pelo Executivo quando houver informações completas sobre as indicações daqueles que solicitam ou apoiam a emenda da comissão.
O documento sugere ainda que o Poder Legislativo seja solicitado a enviar as informações disponíveis para identificação dos parlamentares em um banco de dados estruturado, para que o Executivo possa dar transparência e rastreabilidade.
Ao divulgar o relatório, o ministro Flávio Dino, relator da ação, determinou que a PGR e a AGU se pronunciem sobre o relatório no prazo de dez dias, antes de emitir despacho sobre o tema. Dino também determinou que a PGR analise os processos que tramitam no TCU sobre possíveis irregularidades na execução das chamadas alterações do relator.
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