Depois que a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a mpox uma emergência de saúde pública de importância internacional, surgiram rumores sobre a possibilidade de novos mega bloqueios assumiu as redes sociais. A entidade, no entanto, não aconselhou os Estados-membros a implementarem qualquer tipo de isolamento social em massa para interromper a transmissão da doença, tal como aconteceu durante a pandemia de covid-19.
No dia 14, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, anunciou a declaração de emergência global via mpox no canal oficial da entidade no YouTube. Durante os 53 minutos de vídeo, em nenhum momento Tedros recomenda que os Estados Membros implementem mega bloqueios para impedir a propagação da doença. “A OMS tem trabalhado para conter o surto de mpox em África e alertado que o cenário é algo que deve preocupar a todos nós.”
“A detecção e rápida propagação de uma nova variante de mpox na República Democrática do Congo, a detecção desta mesma variante em países vizinhos que não notificaram casos da doença anteriormente, e o potencial de propagação por toda a África e além são muito preocupante.” , disse Tedros na altura, apelando a uma acção coordenada para conter a situação e salvar vidas.
Dois dias após a declaração e diante de um caso da nova variante registrada na Suécia, a primeira fora do continente africano, Tedros avaliou que o cenário reforçou a necessidade de todos os governos trabalharem no combate ao vírus de forma conjunta, sem mencionar, em nenhum momento , diretrizes relacionadas ao mega bloqueios ou isolamento social em massa como estratégias para interromper a transmissão.
“Encorajamos todos os países a expandir a vigilância, a partilhar dados e a trabalhar para compreender melhor a transmissão; partilhar ferramentas como vacinas; e aplicar lições aprendidas em emergências de saúde pública anteriores de interesse internacional”, escreveu Tedros, em seu perfil na rede social X.
Na segunda-feira (19), a OMS divulgou uma lista de recomendações temporárias destinadas a países que enfrentam surtos de mpox, incluindo, mas não se limitando, às seguintes nações: República Democrática do Congo, Burundi, Quênia, Ruanda e Uganda. Entre as orientações estão uma melhor coordenação da resposta de emergência, tanto a nível local como nacional, e o envolvimento de organizações humanitárias em áreas de refugiados e de insegurança.
Outro item da lista divulgada pela entidade envolve melhorar a vigilância das doenças, por meio da ampliação do acesso a diagnósticos precisos e acessíveis, capazes de diferenciar as variantes da mpox em circulação. A OMS pede ainda que os países forneçam apoio clínico, nutricional e psicossocial aos pacientes, incluindo, “quando justificado e possível”, isolamento em unidades de saúde e orientação para cuidados domiciliários.
Outra recomendação feita pela entidade é que os governos estabeleçam ou reforcem acordos de colaboração para a vigilância e gestão de casos de mpox em regiões fronteiriças, com ênfase na orientação aos viajantes, mas sem recorrer “desnecessariamente” a restrições. questões gerais que envolvem viagens e fluxos comerciais.
MPox
Nesta terça-feira (20), o diretor regional da OMS para a Europa, Hans Kluge, reforçou que o cenário mpox – independentemente de ser a nova variante 1, por trás do atual surto na África, ou a variante 2, responsável pela emergência global em 2022 – não constitui “um novo covid”.
“Sabemos muito sobre a variante 2. Ainda precisamos aprender mais sobre a variante 1. Com base no que sabemos, a mpox é transmitida principalmente através do contato da pele com lesões, inclusive durante o sexo”, disse ele. “Sabemos como controlar o mpox e – no continente europeu – os passos necessários para eliminar completamente a transmissão”, acrescentou.
Brasil
Na última quinta-feira (15), o Ministério da Saúde instalou um Centro de Operações de Emergências em Saúde (COE) para coordenar as ações de resposta à mpox no Brasil. O ministério informou que, desde a primeira emergência declarada pela doença, de 2022 a 2023, a vigilância da mpox continua sendo uma prioridade no país.
O ministério destacou que vem acompanhando de perto a situação global e as informações compartilhadas pela OMS e outras instituições e que já iniciou a atualização das recomendações e do plano de contingência para a doença no Brasil. O ministério também anunciou que negocia com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) a aquisição emergencial de 25 mil doses contra a mpox.
“Estamos numa fase em que o importante é a vigilância e a monitorização”, destacou a ministra da Saúde, Nísia Trindade. “Muitas vezes as pessoas ficam ansiosas. A vacina sempre gera grandes expectativas. Mas é importante reiterar que, nos casos em que a vacinação é recomendada, ela é muito seletiva, focada em públicos-alvo muito específicos até agora”, acrescentou.
Ainda durante a instalação do COE, a secretária de Vigilância em Saúde, Ethel Maciel, lembrou que, dentro das configurações da nova emergência global instalada pela OMS, o Brasil está no nível 1, o menos alarmante, com cenário normal para mpox e sem casos da nova variante. A última morte pela doença em solo brasileiro foi registrada em abril de 2023.
Segundo o ministério, o nível 2 refletiria um cenário de mobilização, com detecção de casos importados no Brasil; nível 3, cenário de alerta, com detecção de casos autóctones esporádicos; nível 4, situação de emergência, com transmissão sustentada em território nacional; e nível 5, situação de crise, com epidemia de mpox instalada no país.
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