resultados dependem de coalizão de forças que envolve Legislativo e Judiciário Por Estadão Conteúdo

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que tem pressa em consertar a situação econômica o mais rápido possível, mas o resultado depende de uma coalizão de forças que também precisa do Legislativo e do Judiciário. Ele disse mais uma vez que é importante controlar as despesas primárias e tributárias, para melhores resultados fiscais.

“Conseguimos 70%, talvez 80% de sucesso nas propostas que encaminhamos ao Congresso Nacional. Aqui está o resultado em receita: sem aumentar nenhuma alíquota, sem aumentar nenhuma base de cálculo de impostos, corrigindo gastos tributários ineficientes, comprovadamente ineficientes, este ano conseguimos uma recuperação de receitas que já era de 19% do PIB, e herdamos 17% do PIB”, defendeu o ministro.

As afirmações foram feitas durante palestra sobre “Perspectiva Econômica Brasileira” em evento realizado pelo BTG Pactual (BVMF), em São Paulo, moderado pelo economista-chefe da instituição e ex-secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida.

O ministro avaliou também que não há solução para a economia brasileira que não passe por crescimento, mas que esse crescimento também inspira cuidados e precisa pesar variáveis ​​para ser sustentável.

“O sucesso, repito, também inspira cuidado. Estamos crescendo a 3%. Temos que estar atentos às variáveis ​​que precisam ser ajustadas para manter a qualidade do crescimento. Isso significa olhar para a formação bruta de capital, saber se há investimento , saber se teremos um gargalo de oferta que possa impactar a inflação, saber se o mercado de trabalho está se comportando bem, se estamos formando trabalhadores para aumentar a nossa população economicamente ativa É importante, neste momento, cuidar dessa parte. de oferta de mão de obra qualificada tudo isso tem que ser pensado de forma orgânica, para que possamos manter a qualidade desse crescimento”, disse o ministro, destacando que também há boas notícias sobre o mercado de crédito que tem sido aprovado. para ele pela Febraban.

Haddad considerou que o discurso da equipe econômica é o mesmo desde dezembro de 2022 e que houve um desafio na redução do estímulo fiscal, o que foi importante, mas que reduzir os passivos recebidos no pós-pandemia também foi difícil. “A análise às vezes tem uma tendência para um lado ou para outro. Portanto, uma análise mais equilibrada do que é politicamente possível fazer e entregar e do que é necessário. E entre o que é possível e o que é necessário, às vezes há uma grande lacuna que você temos que cobrir isso exatamente com a política, tentando convencer as pessoas que temos que nos aproximar do que é necessário fazer para obter os melhores resultados”, disse.