Nas últimas semanas, Mato Grosso do Sul registrou condições climáticas opostas em um curto espaço de tempo, com muito frio seguido de muito calor e assim por diante.
Mudanças rápidas de temperatura podem enfraquecer o sistema imunológico, deixando o corpo suscetível a algumas doenças.
Só neste mês o Estado já oscilou entre calor, frente fria, calor de novo e há previsão de nova frente fria.
No início de agosto, as temperaturas estavam acima de 35°C, com baixa umidade relativa. No dia 10, Estado registrou frio extremo, com temperaturas de 0,1°C e geadas em alguns municípios. Em Campo Grande, foi o dia mais frio do ano e um morador de rua morreu de hipotermia.
Dias depois, no dia 13, o calor voltou com força e permaneceu até esta segunda-feira, com máxima de 40°C e níveis de umidade registrados no deserto.
Para esta semana, até quinta-feira (22), a previsão para Centro de Monitoramento de Tempo e Clima (Cemtec) indica tempo firme, com sol e poucas nuvens devido à ação de uma massa de ar quente e seca. Prevêem-se temperaturas elevadas e acima da média, com valores que podem atingir os 41°C, criando uma onda de calor em pleno inverno. A umidade relativa do ar varia entre 10% e 20%.
Para o fim de semana, a partir de sexta-feira, prevê-se uma descida das temperaturas, que poderão descer abaixo dos 10°C.
Essas mudanças repentinas e significativas no tempo, em um curto espaço de tempo, impactam a saúde.
Quais são os impactos dessas mudanças bruscas de temperatura no corpo?
A biomédica Patrícia Pacheco explica que essas alterações podem causar diversos impactos no organismo, afetando tanto a saúde física quanto o bem-estar geral.
As rápidas flutuações de temperatura podem enfraquecer o sistema imunológico, o que facilita a ocorrência de resfriados, gripes e infecções, por exemplo.
“Pessoas com asma ou alergias, por exemplo, podem apresentar exacerbações dos sintomas devido às variações de temperatura e umidade, o que pode desencadear crises. A adaptação a temperaturas extremas pode causar estresse no organismo, o que pode suprimir temporariamente a função imunológica”, explica Patrícia, coordenadora do curso de Biomedicina da Estácio Campo Grande.
Segundo a biomedicina, a variação da temperatura também influencia no sono.
“A temperatura ambiente afeta diretamente a qualidade do sono. Mudanças bruscas podem dificultar a adaptação do corpo, resultando em noites mal dormidas”, explica.
Dicas para aliviar problemas
Para manter a imunidade forte e minimizar os impactos da variação considerável de temperatura, Patrícia Pacheco explica que é importante manter uma alimentação equilibrada, consumindo frutas ricas em vitaminas e minerais, como laranja e acerola.
A hidratação também é essencial para manter o bom funcionamento do organismo, inclusive facilitando a eliminação de toxinas.
A biomédica acrescenta que um sono de qualidade é essencial para a regeneração do corpo e para a manutenção de um sistema imunitário forte. Por isso, a dica é manter sempre o quarto com uma temperatura confortável e minimizar luzes e ruídos que possam atrapalhar o sono.
Praticar exercícios físicos e controlar o estresse também são aliados no fortalecimento da imunidade.
“O estresse excessivo pode enfraquecer a imunidade. Por isso, é recomendado organizar a rotina e administrar o próprio tempo para evitar situações estressantes”, afirma a biomédica.
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