Morreu neste domingo (18), aos 88 anos, o ator Alain Delon era conhecido tanto por seus grandes papéis quanto por seus grandes amores. Ícone de beleza, o ator teve relacionamentos intensos com diversas mulheres, tendo se casado duas vezes (com a francesa Natalie Delon e a holandesa Rosalie Van Bremen).
No entanto, duas mulheres são associadas como o “amor da vida” do ator: as atrizes Romy Schneider (1938–1982) e Mireille D’Arc (1938–2017).
Após a morte de Mireille Darc em agosto de 2017, Delon declarou publicamente que ela era “a mulher da minha vida”. Ele disse à revista Paris Match que os dois estavam extremamente felizes.
E ainda afirmou que, após a morte dela, ficou satisfeito por ter a idade que tinha, pois sabia que não viveria muitos anos sem ela, nem sofreria por muito tempo sem a sua presença.
A paixão começou em 1968, durante as filmagens do filme “Jeff”, de Jean Herman. O relacionamento durou 15 anos e eles se tornaram um casal emblemático na mídia francesa.
Ex-modelo, D’Arc ganhou fama ao estrelar “Week-end” (1967), obra vanguardista de Jean-Luc Godard. Ela também trabalhou em longas como “A Loira do Sapato Preto” (1972), que a lançou como símbolo sexual.
“Delon passou por um momento difícil em sua vida”, disse D’Arc, que não pôde ter filhos devido a um problema cardíaco. “Eu estava lá e segurei esse homem que era um homem ferido, que era um homem à deriva.”
O relacionamento terminou em 1983, depois que Alain Delon conheceu a atriz Anne Parillaud, trinta anos mais nova que ele, durante as filmagens do filme “Pour la peau d’un flic”. No mesmo ano, D’Arc sofreu um grave acidente de carro que retardou sua carreira.
Delon também cita sua forte ligação emocional com a austríaca Romy Schneider, que conheceu em 1958, durante as filmagens de “Christina” (1958).
Na época, ele era um desconhecido, enquanto ela era uma estrela internacional, tendo interpretado a Imperatriz Elisabeth da Áustria (Sissi) em uma série de filmes românticos na década de 1950.
Em 1963, Delon a trocou por Nathalie Barthélémy, futura Sra. O austríaco ficou muito abalado com a separação, mas os dois continuaram amigos íntimos. Inclusive trabalharam juntos em outros filmes, como “A Piscina” (1969), sempre com muita química.
Delon não compareceu ao funeral de Romy no cemitério de Boissy-sans-Avoir, para evitar jornalistas. Mas ele visitou o túmulo da atriz três dias depois. O ator conta que guardava na carteira uma foto do corpo da amiga, tirada em seu leito de morte.
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